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TPM: O Que É e Como Tratar?

TPM: sintomas, quando ocorre e tratamentos

TPM: O Que É e Como Tratar?
TPM: O Que É e Como Tratar?

Texto de Juliana Lopes.

TPM: A Minha História!

Eu sempre tive TPM e a minha sempre foi das piores. Eram dias do mês em que eu não me reconhecia e que, honestamente, nem eu conseguia conviver comigo. E se era difícil para mim, imagino como era difícil para as pessoas que precisavam conviver comigo naqueles dias.

Sabe uma pessoa com dupla personalidade? Era o que parecia, porque durante vinte e cinco dias do mês eu era uma pessoa normal, serena e equilibrada, e durante cinco dias eu me comportava como um ser humano completamente desequilibrado e fora de controle. Qualquer coisa, por mais sem importância que fosse, me deixava extremamente nervosa, eu chorava “mares” sem o menor motivo e fica extremamente sensível, do tipo que se você falasse comigo eu chorava porque você falou, e se não falasse eu chorava porque me ignorou.

A coisa era tão complicada que evitava contato com as pessoas durante esses dias e ficava “muda”, porque da minha boca só saiam “patadas”, o que é um absurdo, porque ninguém tem culpa da minha TPM e ninguém merece ser tratado mal por um problema meu.

Quando, anos atrás, me “rendi” as ideias do Dr. Elsimar Coutinho (melhor coisa que fiz!) e suspendi a menstruação, tudo melhorou, e a intensidade da minha TPM reduziu significativamente, e assim permaneceu por muitos anos.

Contudo, de uns meses pra cá, comecei a notar que a minha TPM tinha voltado, e com força total. Foram meses difíceis, sem brincadeira, porque acho grosseria uma coisa abominável, e acabava sendo grossa com todo mundo, com pessoas que eu gostava, e, pior, sem a menor razão para isso.

Consultei minha ginecologista, consultei uma neurologista (as dores de cabeça eram absurdas), e nenhuma me apresentava uma solução eficaz, muito menos uma razão para todo esse transtorno. Só que eu não me conformava de que aquilo era “normal”,  de que era “coisa de hormônio” mesmo. Pra mim tinha algo errado!

Isso durou até o dia em que procurei um nutrólogo pra “regular” a minha alimentação e ver como estava o meu metabolismo, e, no meio de outras coisas, descobri que a causa dessa TPM louca era a taxa baixíssima de progesterona e altíssima de estrógenio.

Esse “descompasso” hormonal era o responsável pela TPM descontrolada e pelas crises absurdas de dores de cabeça. Imediatamente comecei a fazer a reposição de progesterona por via tópica e esse mês, pela primeira desde que fiquei “mocinha”, não tive um sintoma sequer de TPM. NADA.

Isso é, pra mim, uma glória, porque a minha vida inteira sofri com isso e nunca foi pedido um exame para medir a minha progesterona, que é uma coisa tão simples. Então, antes de enveredar por qualquer tratamento que seja, procurem um médico e solicitem exames que avaliem sua progesterona, seu estrógeno e sua testosterona. Vale a pena!

TPM: o que é?

A Tensão Pré-Menstrual (TPM) é um problema de difícil identificação, já que seus sintomas são muitos e variados, de forma que ela pode se apresentar de formas diferentes de uma mulher para outra.

Classificada como uma síndrome, a TPM é um conjunto de sintomas que tende a aparecer  na segunda fase do ciclo menstrual, podendo durar até duas semanas (as que antecedem a menstruação) e desaparecendo no início da menstruação.

A grande maioria das mulheres apresenta algum sintoma relacionado a TPM, como alterações de humor, irritabilidade, compulsão por doces, fadiga, depressão, dores de cabeça e mamas doloridas, por exemplo, mas algumas, e não são poucas, possuem sintomas tão intensos que chegam a atrapalhar sua vida pessoal e profissional, já que os relacionamentos interpessoais ficam comprometidos.

Quais as Causas da TPM?

Não se sabe ao certo qual a causa da TPM, já que ela está relacionada com vários fatores e são muitas as coisas que podem contribuir para o surgimento da síndrome. No mais, não há uma causa única, pois ela pode ser derivada de muitas coisas.

É fato que as alterações hormonais são determinantes para o surgimento da TPM, mas existem outras causas relacionadas, como as mudanças na química cerebral, as alterações da serotonina, que é um neurotransmissor relacionado ao nosso humor. Quando, por algum motivo, há um decréscimo nos níveis de serotonina, a sensação de prazer é reduzida, e isso pode causar fadiga, compulsão alimentar, alterações no sono e depressão.

Baixos níveis de minerais e vitaminas, como cálcio, vitamina B6, magnésio e vitamina E, bem como o excesso de sal, cafeína em excesso bebidas alcoólicas e outros fatores também estão relacionados a TPM. Já o estresse e a tensão podem piorar os sintomas, mas não são causas para a TPM.

Tipos de TPM: Qual o Seu?

A TPM tem tipos e pode ser classificada em A, C, H e D, e essa classificação está relacionada a predominância de um ou outro sintoma. Vale lembrar, contudo, que essa classificação não é absoluta, já que uma mesma mulher pode apresentar sintomas de vários tipos de TPM.

TPM tipo A:

Os sintomas mais comuns são a ansiedade, a tensão, a irritabilidade e a agressividade, e esse é o tipo mais frequente de TPM.

TPM tipo C:

Nesse tipo de TPM os sintomas mais marcantes são a compulsão alimentar, sobretudo por doces, as dores de cabeça, a fadiga, o aumento do apetite e as palpitações.

TPM tipo H:

Para quem tem esse tipo de TPM há um aumento nas mamas e um aumento, no período menstrual, de dois a três quilos.

TPM tipo D:

Os sintomas da TPM tipo D, que é a menos frequente, os sintomas mais comuns são as variações do sono (sonolência ou insônia), depressão, crises de choro e confusão mental.

Quais São Os Principais Sintomas?

Há uma estimativa de que três em cada quatro mulheres apresentem os sintomas da TPM, sendo que o quadro é mais comum entre os 20 e os 40 anos.

Os sintomas da TPM podem ser divididos entre físicos e emocionais (com alterações no comportamento).

Dentre os sintomas emocionais, os mais comuns são a tensão, a depressão temporária, a ansiedade, o choro fácil, a irritabilidade, a agressividade, as alterações de humor, a impulsividade, a insônia, a sonolência, as alterações no apetite, a compulsão alimentar, o desejo de comer doces, a redução da libido, a dificuldade de concentração a uma tendência a reclusão.

Os sintomas físicos, por outro lado, incluem dores de cabeça de intensidades variadas, dores musculares, fadiga, retenção de líquidos, ganho de peso, dores nas articulações, sensibilidade nas mamas, constipação, diarreia, oleosidade excessiva, acne, edema nas mãos e edema nos pés.

Desordem Disfórica Pré-Menstrual

Esse tipo especial de TPM é altamente incapacitante, pois inclui sintomas intensos, como depressão grave, ansiedade, raiva, dificuldade de concentração, tensão irritabilidade e, é como geralmente está relacionada a algum tipo de distúrbio psiquiátrico, é importante procurar um médico especialista para tratar o problema.

Como Diagnosticar a TPM?

Cada mulher possui um determinado padrão de sintomas, o que torna a TPM diferente para cada uma delas. Dessa forma, não há um exame que diagnostique a TPM, embora alguns possam dar indícios, como foi o meu caso (baixa progesterona e altos níveis de estrógeno).

Tratamentos Que Ajudam a Combater a TPM

Como a TPM é diferente em cada mulher, o seu tratamento será sempre individualizado, levando em consideração os sintomas que a pessoa apresenta, de forma a encontrar as melhores opções para cada caso.

Em muitos casos as mudanças no estilo de vida, que incluem alimentação equilibrada e atividade física regular, são suficientes para aliviar os sintomas, sendo desnecessário o uso de medicações.

Mas tudo, é claro, depende dos seus sintomas e do que o seu médico recomenda.

No caso de medicamentos, os mais receitados por ginecologistas são:

1- Anticoncepcionais

Os contraceptivos orais agem estabilizando as variações hormonais, e isso provoca alívio nos sintomas da TPM.  As pílulas que contém um ativo chamado drosperinona são ainda mais eficazes para “tratar” a TPM, já que elas possuem ação levemente diurética. Vale lembrar que os contraceptivos orais podem, em alguns casos, piorar a TPM.

2- Antidepressivos

Quando a TPM causa depressão, e em muitos casos causa, são indicados antidepressivos, como o Prozac,  que ajudam na redução da fadiga, da insônia e da  compulsão alimentar. Em determinados casos o uso do antidepressivo deve ser contínuo, enquanto que em outros casos deve se limitar às duas semanas que antecedem a menstruação.

3- Diuréticos

Quando a queixa mais frequente é a retenção de líquidos e os edemas, o uso de diuréticos é indicado, sobretudo quando já foram feitas mudanças na alimentação e inclusão da atividade física na rotina diária. Os diuréticos agem eliminando o excesso de líquido e , assim, evitando o inchaço.

4- Acetato de medroxiprogesterona

Quando o quadro de TPM é intenso, em alguns casos utiliza-se essa injeção para interromper a ovulação e tentar reduzir os sintomas, mas também pode ter efeito inverso e fazer exatamente o oposto: piorar alguns dos sintomas da TPM.

5-Implantes hormonais

Os implantes hormonais também reduzem a TPM, e hoje vem sendo bastante utilizados, já que são considerados os “anticoncepcionais modernos”, pois não causam tantos efeitos colaterais quanto os contraceptivos orais, e, por não ocorrer passagem dos hormônios pelo fígado, é mais benéfico para a saúde.

O Que Ajuda

  • Consumir ao menos 400 mg de magnésio por dia ajuda a evitar a retenção de líquidos, a aliviar o inchaço nas mamas e a reduzir os edemas.
  • O consumo de cálcio (1200 mg ao dia) também reduz os sintomas da TPM, sobretudo a retenção de líquidos e as dores.
  • A vitamina B6 também é super importante para quem sofre de TPM, Por isso, uma dose de até 100 mg ao dia reduz os sintomas da TPM. Assim, invistam em peixes, fígado, ovos, brócolis, cereais integrais, nozes, abacate, banana e ameixa.
  • A vitamina E também ajuda no alívio dos sintomas, já que reduz a produção de prostaglandinas, substância que aumenta a ansiedade e a irritabilidade.
  • Algumas ervas medicinais também podem ser de grande ajuda nesses casos. As mais usadas são o gengibre, a cimifuga racemosa, o dente de leão e o vitex agnos.
  • Chá de Gengibre: o chá de gengibre possui inúmeras propriedades  terapêuticas, auxiliando em problemas digestivos, ajudando a combater a retenção de líquidos e a evitar gripes e resfriados. Mas, é também usado para reduzir os sintomas da TPM e as cólicas menstruais.
  • Cimicifuga racemosa:  essa era ajuda  a combater as ondas de calor,  o nervosismo, a irritabilidade, os suores noturnos, nervosismo e as dores de cabeça. No organismo ele age de forma similar ao estrógeno e, por isso, é conhecido como um fitoestrogênio.
  • Óleo de prímula: o óleo de prímula vem sendo cada vez mais utilizado no tratamento da TPM e com bastante sucesso.

Alimentação Equilibrada Ajuda Demais

É muito repetitivo ficar falando dos benefícios de uma alimentação equilibrada, mas o fato é que ela é determinante para centenas de coisas, inclusive para reduzir os sintomas da TPM.

Desintoxicar o organismo, e, sobretudo, o fígado, ajuda demais, pois o fígado está relacionado ao metabolismo de carboidratos e armazena nutrientes que participam da produção dos hormônios femininos.

Dessa forma, é essencial se alimentar de forma saudável, dando preferência aos alimentos crus, as frutas, verduras e legumes, aos cereais integrais e aos alimentos ricos em fibras.

Evitar o consumo de café, chás estimulantes e refrigerantes também é importante, vez que essas bebidas contém xantinas, substâncias que pioram a irritabilidade e provocam alterações de humor.

Atividade Física

Fazer algum tipo de atividade física diariamente é essencial, também, para combater e evitar a TPM. Nem que sejam apenas 30 minutos por dia, mas você precisa se mexer!

 Evite o Estresse

O estresse pode não causar a TPM, mas intensifica os seus sintomas, então o melhor, lógico, é evitá-lo.

Procure dormir mais e melhor, praticar alguma técnica de relaxamento ou meditação, ou qualquer outra coisa que melhore os seus níveis de estresse.

Seja qual for o sintoma da sua TPM, não se conforme, porque não existe isso de “é normal”. Não é normal e pode ser tratado, controlado, minimizado e curado

O problema é que a grande maioria encara isso como algo “normal” e, por isso, não procura ajuda médica, quando deveria.

Por: Juliana Lopes.

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Written by Kalina Amaro

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.. mas você vai ver meus posts mais na categoria beleza.

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