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Livro – Clássico: O Pequeno Príncipe, de Antoine De Saint-Exupéry

Meninas,

Hoje é Natal e deixo para vocês meu presente: o livro O Pequeno Príncipe, do francês Antoine De Saint-Exupéry.

À primeira vista, podemos pensar que é um livro infantil, mas considero essa classificação equivocada. Esse é, na verdade, um livro para todas as idades, para a vida toda, para ser lido e relido várias e várias vezes. Eu o li há muito tempo, quando sequer tinha noção da vida, mas essa semana, ao reler, a compreensão veio simples, clara e até chorei em alguns trechos.

O livro narra a história do encontro entre um aviador preso no deserto por conta de uma pane em seu avião, e um pequeno principezinho de outro planeta, que viajou em busca de aventuras e encontrou pelo caminho a compreensão do que é amor, fidelidade, amizade, desapego e do que é verdadeiramente essencial.

O Pequeno Príncipe narra ao aviador sua viagem por seis planetas, até chegar à Terra, e seu encontro com pessoas grandes, que esqueceram da magia, da simplicidade e da compreensão que há quando somos crianças. Ao longo da jornada, ele vai fazendo reflexões e aprendendo o quanto o adulto está fadado a ser infeliz, se deixar de lado os sonhos, as fantasias e os questionamentos da criança que existe dentro de cada um de nós.

É  incrível como o autor consegue fazer refletir com uma história simples, escrita como se fosse para crianças, mas, na verdade, ela foi feita para gente grande que esqueceu da pureza de ser criança, do amor incondicional e do que é essencial para a felicidade.

O diálogo travado entre a raposa e o Pequeno Príncipe é uma das partes mais tocantes do livro, pois é quando o principezinho aprende o significado da palavra CATIVAR e da responsabilidade que temos quando fazemos alguém necessitar de nós e quando necessitamos de alguém. Ele aprende que o amor e a amizade tornam o objeto único, significativo e que, por isso, nos tornamos eternamente responsável por aquilo que cativamos.

Um ponto que me emociona é o segredo que a raposa conta ao Príncipe: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. Nessa vida de adulto, corrida, esquecemos desse ensinamento tão valioso: devemos valorizar o interior, a essência. Isso sim, é importante.

E eu não poderia deixar de falar sobre o momento em que o Pequeno Príncipe tem que ir embora e se despede do aviador, oferecendo a ele de presente as estrelas, pois quando este olhasse para o céu, se lembraria dessa amizade cultivada e cativada em tão pouco tempo, demonstrando que o amor verdadeiro dispensa demonstrações e reconhecimento: ele está simplesmente ali, para ser usufruído e sentido.

Sinceramente, esse livro todo mundo tem que ler e ter na cabeceira. É cheio de simbolismos, significados, aprendizados e segredos para ser desvendados. A cada leitura, um novo sentido vai surgindo, de acordo com o seu estado de espírito. É, para mim, uma das obras mais lindas, mais tocantes, mais libertadoras, transformadoras e geradora de mudanças. Por isso, deixo aqui, de presente para vocês, leitoras, para que possam reviver a criança que existe dentro de cada uma, reviver e construir novos sonhos, amar incondicionalmente e valorizar o que merece ser verdadeiramente valorizado.

É um livro pequeno, o arquivo digitalizado tem 48 páginas.

Vale a leitura.

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Written by Papo de Mulher