Relatório veiculado pela Campanha por Cosméticos Seguros diz que a J&J, gigante do mundo dos cosméticos, usa na linha de shampoos infantis – inclusive no shampoo Johnson, aquele que nós amamos – um conservante chamado quaternium-15, que libera formol.
Como o formol é cancerígeno, a coisa complicou, até porque se trata de um produto de uso infantil.
Aí começou a confusão e muita gente questionou se é perigoso ou não.
Que o formol é cancerígeno, todo mundo sabe. O que não se sabe ao certo é se em concentrações mínimas ele é ou não perigoso.
Antes de entrar nessa “questão”, vale ressaltar que é praticamente impossível não se expor ao formol, que é utilizado em milhares de produtos e cujo uso como conservante, nos limites determinados, não é proibido.
Entretanto, apesar de não ser proibido e de não existirem dados concretos sobre os perigos do formol em baixas concentrações, causa estranheza que a empresa – que inclusive produz para alguns países o mesmo shampoo sem o quaternium-15 – continue comercializando shampoos infantis com essa substância, que, ressalte-se, é uma das maiores causas de eczema de contato em crianças.
Sim, em países como Dinamarca, Holanda, Suécia e Noruega, por exemplo, o shampoo Johnson não contém esse ativo, mas aqui no Brasil, por exemplo, contém.
A pressão foi tamanha que a empresa se comprometeu a retirar progressivamente esse ativo dos shampoos infantis, mas existem outras centenas de produtos, de dezenas de empresas, que continuam utilizando.
E isso é um absurdo, pois se um ativo é potencialmente nocivo, a população não deveria ser exposta a esse ativo até que se comprovasse (ou não), a segurança do mesmo.
Beijos
Ju Lopes