Lidando com o vazio

Oi meninas,

Nós, como seres humanos, somos constantemente assaltados por uma sensação de vazio, de que falta algo, uma carência que, muitas vezes, nos leva a agir de forma errada e a buscar caminhos tortuosos na tentativa de preencher esse espaço dentro de nós. Mas nós temos uma percepção errada em relação à essa sensação de vazio, pois enxergamos ela como negativa quando na verdade ela é a origem dos nossos desejos.

Foto: Reprodução

Digo isso por que a carência é falta e é também insuficiência e insatisfação, por isso, é ela quem age como mola impulsora para que nós busquemos a realização de sonhos, planos e que dá partida às nossas atitudes e ações. Quando sentimos vazio, significa que não estamos satisfeitos e que devemos tomar atitudes para mudar isso.

Só que, por medo e por não compreender que o vazio faz parte da condição de sermos humanos, muitas pessoas buscam em coisas externas, como o álcool, as drogas, os jogos de azar, a carreira e os outros (através dos relacionamentos) uma forma de preencher o vazio. Acontece que esse vazio diz respeito a nós mesmos, a sentimentos e atitudes que são internos e que, por isso, devem ser buscadas no interior, e não no exterior.

Comportamentos autodestrutivos não preenchem vazios, eles apenas anestesiam e, depois que o efeito passa, tudo volta, todas as sensações ruins, os medos, as inseguranças e o vazio, pois tais comportamentos são exatamente o que são: destrutivos. Por isso, é fundamental termos consciência de que tudo que vivemos, tudo que diz respeito à existência, todos os sentimentos, são parte de nós e da própria existência. Quando mantemos isso em mente, fica mais fácil reconhecer o que nos incomoda e encarar a vida com mais equilíbrio.

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Quando temos consciência das origens dos nossos sentimentos e da nossa sensação de vazio, podemos reorganizar nossa vida através de uma percepção diferente, aprendendo também a detectar nossos desejos, compreendê-los e administrá-los melhor.  O vazio diz respeito à insatisfação, a tudo aquilo que desejamos e não temos ainda, e é uma sensação que nunca vai ter fim: nós sempre teremos esse vazio pois somos eternos insatisfeitos.

O que podemos fazer é amenizar nossa angústia diante desse vazio, com a consciência de que essa ausência que sentimos nunca terá fim, e aprendermos a valorizar o que já temos. Isso mesmo, valorizar o que já temos. Desejar mais do que podemos ter vai nos manter sempre em estado de infelicidade e de insatisfação, podendo nos tornar também pessoas invejosas e amargas. Não é se tornar pessimista e suprimir nossos desejos, mas de agir em vez de se iludir, de desejar um pouco menos o que não temos e um pouco mais o que já temos, de encarar a vida como ela realmente é, de esperar menos e doar mais, de NÃO nos focarmos naquilo que não depende de nós, e sim no que depende de nossos esforços.

Outro ponto importante é que, sempre que satisfazemos um desejo, surge a indiferença ou até mesmo a decepção, aí aparece outro desejo, outra insatisfação, e esse é o ciclo da vida. Por isso, não devemos focar nossas energias e esperanças na realização de um único objetivo, achando que isso nos trará felicidade. A felicidade é estado de espírito, é algo que vem e que está dentro de nós, e não no exterior, no futuro, no outro ou em outras coisas.

Beijos!!

Amanda Carvalho ([email protected])

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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