Meninas,
A depressão é uma doença séria que acomete muitas pessoas e de todas as idades, incluindo as crianças, apresentando diversos graus de severidade, sendo o mais grave aquele que apresenta risco de suicídio. Não é uma doença rara, na verdade, é bem mais comum do que podemos imaginar, mas por conta do preconceito, poucas pessoas conseguem superar as barreiras e procurar tratamento adequado.
A depressão na adolescência
Quando a depressão surge na adolescência, devemos, então, ter um cuidado redobrado, pois nesse período da vida acontecem muitas transformações na vida da pessoa. O corpo está mudando, a vida adulta está chegando e é um momento de decisões, como por exemplo, qual profissão seguir. Ou seja, a adolescência é, por si só, bastante conturbada emocionalmente, então é preciso que todos nós estejamos atentos aos nossos adolescentes.
É também nesse período em que as amizades e a aceitação em grupos é bastante valorizada, o que pode fazer com que o adolescente mude seus gostos, atitudes e comportamentos, na tentativa de ser aceito, de se encaixar em algum grupo, de se sentir compreendido e parte de algo.
O que fazer?
É importante estarmos de olhos abertos e construirmos uma relação de diálogo, compreensão e não-julgamento, ou seja, precisamos dar abertura para que o adolescente se sinta à vontade para conversar sobre as mudanças físicas, emocionais, sobre drogas, namoro, dificuldades na escola e qualquer problema que esteja vivenciando.
Muitas vezes os sinais estão na nossa frente e não queremos e/ou não conseguimos enxergar, seja por achar que nossos adolescentes estão bem criados, seja por não acreditar que eles sejam capazes de certos atos, ou até mesmo por medo de não sabermos lidar com a situação, caso nossas suspeitas se confirmem.
A importância do diálogo
A idéia aqui não é tratar o adolescente como alguém que precisa ser superprotegido. Faz parte da vida passar por esse processo, de sair da infância e chegar à vida adulta. Mas para passar por esse momento de forma saudável, os adultos devem se munir de paciência, diálogo e empatia, se colocando no lugar do adolescente e tentando compreender o lado dele. É dialogar não apenas sobre drogas, violência, sexo, gravidez, DST’s, AIDS, prevenções, mas também sobre tolerância às diferenças, amizades, amor e conflitos, ensinando-os a pensar em soluções melhores para seus dilemas.
A forma como o diálogo deve ser conduzido também é de suma importância, afinal, se o adulto chegar impondo, exigindo, dificilmente ele acatará. Trata-se de fazê-lo ver o seu lado, de compreender seu ponto de vista, de mantê-lo no chão e atento à realidade da vida. Não é fácil lidar com a adolescência, nem para os adultos, nem para quem está sentindo na pele a turbulência da fase.
Enfim, diálogo é TUDO: saber se comunicar, se fazer ouvir e saber ouvir é fundamental em todas as áreas da vida!!
Beijos,
Amanda Carvalho (amandacarvalho@patricinhaesperta.com.br)