Oi Meninas!
Frustrações, decepções, mágoas e insatisfações com a vida fazem parte do repertório dos seres humanos, mas existe um sentimento que está tão fortemente enraizado em nosso comportamento, que pode provocar intenso sofrimento psicológico. É o sentimento de culpa, uma sensação de que cometemos erros que não deveriam ter sido cometidos, que representa a distância entre quem fomos e nosso ideal do que deveríamos ter sido.
A culpa está embutida de sentimentos de ser indigno, ruim, de censura e raiva voltadas contra si mesmo, gerando comportamentos de autopunição e auto-destruição. Quantas vezes pensamentos como “E se…”, “Eu não deveria…” invadem nossa mente, fazendo com que nós nos sintamos inúteis e nos depreciamos. A culpa nos torna pessoas amarguradas, pessimistas, com baixa auto-estima e falta de amor-próprio.
Quem sente culpa, sente também uma necessidade de agradar os outros, esquecendo de si mesmo, se sentindo rejeitado, abandonado e se fazendo de vítima, responsabilizando os outros pelo seu sofrimento. Na verdade, a culpa é um sentimento como qualquer outro, que resulta dos erros que cometemos. Quando tomamos consciência de que errar faz parte e que isso não nos torna pior que ninguém, passamos a trabalhar e lidar melhor com o sentimento de culpa que surgir.
A culpa pode surgir de acontecimentos e situações, como abusos, mentiras, rigidez, depressão, religião, morte, dependência, raiva, superproteção, comparações, negligências, expectativas, comodismo, sucesso, traições, preconceito, segredos, regras, críticas, acusações e até mesmo por sentir prazer. Para identificar as causas da culpa, é preciso refletir e avaliar quais as ações e comportamentos que levaram ao surgimento de tal sentimento.
As conseqüências da culpa são muitas, desde a fuga através do álcool e das drogas, até a compulsão alimentar, passando pela dificuldade de dizer não, solidão, remorso, sofrimento, medo, submissão, depressão, doenças psicossomáticas, conflitos nas relações e dificuldade em sentir prazer, dentre várias outras.
Para superar esse sentimento, é preciso elaborar nossos erros e se tornar consciente de que o que passou não dá para mudar, mas que podemos fazer o melhor daqui para a frente. Na verdade, é preciso se aceitar como ser humano, compreender que todos somos cheios de falhas e imperfeições, que fizemos o que acreditávamos ser o melhor naquela situação. O importante é reconhecer os erros, aprender com eles, pedir perdão e se perdoar e, principalmente, não repetir os mesmos erros, os mesmos comportamentos e atitudes.
Você não pode ficar se culpando pelas decisões e escolhas que faz, nem ficar remoendo e pensado no que teria acontecido se tivesse optado por outra situação, pois assim a vida vai passar e você estará ficando para trás. A culpa é destrutiva, mas é também uma forma de sinalizar que você reconhece que errou, reconhece as falhas e é a melhor oportunidade para crescer e se tornar uma pessoa melhor. Assuma a responsabilidade por suas ações e por sua própria vida, e não se esqueça que responsabilidade é diferente de culpa! (MAIS AQUI). Quebre o ciclo destrutivo da culpa, elabore seus sentimentos e encontre o caminho da realização!
Beijos!
Amanda Carvalho ([email protected])