A Amanda já falou AQUI de forma clara sobre a autoestima, mas eu fiquei tão tocada com a chuva de e-mails que recebi depois do post sobre o Antes e Depois da minha mãe (post AQUI) que resolvi conversar um “bocadinho” com vocês sobre isso.
É na infância que as bases do amor próprio são construídas e infelizmente muitos pais e professores, talvez por ignorância mesmo, destroem qualquer possibilidade de auto amor e autoconfiança.
Digo ignorância porque a gente tende a reproduzir o que a gente viveu e aprendeu, e as vezes não nos damos conta do mal que isso nos causou e pode causar nas pessoas.
É comum vermos pais que criticam as crianças o tempo todo, inclusive na frente dos outros; que jamais elogiam, que jamais incentivam, que jamais mostram para seus filhos o valor que eles tem; que descontem suas frustrações nos filhos, inclusive culpando-os de tudo de ruim que acontece em suas vidas; que rejeitem os filhos; que cobrem perfeição o tempo todo e os compare com outras pessoas, mostrando o quanto ela é inferior; que façam chantagens emocionais; que protejam em demasia, impedindo que a criança viva, experimente, aprenda e cresça.
Isso é um absurdo e é devastador para a auto imagem, mas acontece com uma frequência assustadora, pois as crianças são indefesas, dependentes e não possuem meios de reagir.
É comum que a criança que passou por esse tipo de situação prossiga com esse padrão por toda a vida e, muitas vezes, ache isso tão normal, já que foi a única experiência que teve, que aceite todo tipo de violência emocional, em todos os âmbitos de sua vida, simplesmente porque não acham, mesmo, que possuem valor, por que se acham inferiores e não merecedoras de amor, de respeito e de cuidado.
O resultado disso tudo são pessoas submissas, inseguras, com complexo de inferioridade, passivas ou, indo para o extremo, totalmente agressivas. O resultado, para ser mais clara, é dor, é vazio, é solidão, é tristeza, pois é impossível viver uma vida plena de alegria e significado se não aprendemos o básico do básico, que é amar e respeitar a nós mesmos.
O vazio que resulta na baixa estima provoca, muitas vezes, compulsão, já que a pessoa vai querer suprir aquele vazio de alguma forma, para se sentir importante, para sentir que tem valor.
Curar e sanar esse vazio pode ser um processo longo e complicado, mas o que eu quero propor é que nós todas, juntas, façamos algo para fortalecer a nossa autoestima.
Eu irei procurar todas as dicas possíveis, todos os tratamentos que existem e tudo que possa, de alguma forma, fortalecer e resgatar a auto estima, e gostaria muito que todas vocês colaborassem. Assim, se em determinado momento da vida vocês passaram por isso e usaram alguma coisa, um remédio, um floral, uma terapia, seja lá o que for, e obteve algum tipo de retorno positivo, me enviem e-mail contando, para que a gente possa dividir isso e ajudar outras pessoas.
Vou colocar uns trechinhos do Osho falando sobre isso pra gente pensar um pouquinho, tá?
….A primeira amizade precisa ser consigo mesmo, mas muito raramente se encontra uma pessoa que seja amistosa consigo mesma.
…..Ensinaram-nos a condenar a nós mesmos. O amor-próprio foi considerado como um pecado. Não é. Ele é a base de todos os outros amores, e é somente através dele que o amor altruísta é possível. Como o amor-próprio foi condenado, todas as outras possibilidades de amor desapareceram.
Essa foi a estratégia muito ladina para destruir o amor. É como se você dissesse a uma árvore: “Não se alimente da terra, isso é pecado. Não se alimente da lua, da chuva, do sol e das estrelas; isso é egoísmo. Seja altruísta, sirva outras árvores”.
Parece lógico, e esse é o perigo. Parece lógico: se você deseja servir os outros, sacrifique-se; servir significa sacrificar-se. Mas, se uma árvore se sacrificar, ela morrerá e não será capaz de servir nenhuma outra árvore; de maneira nenhuma será capaz de existir.…As pessoas vão dando um jeito de se arrastar, não têm raízes na existência – estão desenraizadas. Elas estão tentando prestar serviço aos outros e não podem, porque nem foram amistosas consigo mesmas.
…Eu não tenho nenhuma condenação, não crio nenhuma culpa em você. Eu não digo: “Isto é pecado”. Eu não digo que o amarei só quando você preencher certas condições. Eu o amo como você é, porque essa é a maneira que uma pessoa pode ser amada. Eu o aceito como você é, porque sei que esse é o único modo que você pode ser. É assim que o Todo (Deus) desejou que você fosse. É como o Todo destinou-o a ser. Relaxe e aceite-se e alegre-se – e então vem a transformação. Ela não vem através de esforços. Ela vem pela aceitação de si mesmo com tal profundidade de amor e felicidade, que não há nenhuma condição, consciente, inconsciente, conhecida, desconhecida.O amor é alquímico. Se você se amar, a sua parte feia desaparece, é absorvida, é transformada. A energia é liberada daquela forma. Todas as coisas chamadas de pecado simplesmente desaparecem. Eu não digo que você tenha que mudá-las; você tem que amar o seu ser, e elas mudam. A mudança é um sub-produto, uma conseqüência. Ame-se. Esse deveria ser o mandamento fundamental. Ame-se. Tudo o mais se seguirá, mas este é o alicerce.
Beijos
Ju
@JuLopesL / julianalopes@patricinhaesperta.com.br