Meninas, conforme expliquei para vocês, a Ana estará aqui conosco por tempo indeterminado, contando a sua trajetória e contando com a ajuda de vocês.
Como, por motivos óbvios, ela não quer ser reconhecida e/ou identificada, seu nome permanece em segredo e, caso queiram se comunicar com ela, me enviem o e-mail que encaminho pra ela ou então enviem e-mail pra ela diretamente no [email protected] certo?
Conheci Vitor há exatamente 26 anos atrás, quando ingressei na empresa onde nós trabalhamos. Ele era casado e eu separada há alguns meses. Logo nos tornamos grandes amigos. Uma amizade sadia. Éramos confidentes. Tive alguns namorados e ele sempre me apoiava a ponto de eu várias vezes chorar no seu ombro por um amor frustrado e não correspondido. E não entrei no fundo do poço por conta da cerveja, porque ele me deu a mão. Me curei desse amor. Na época eu tinha 26 anos. Ele se separou e morou durante um ano com uma garota. Nesse meio tempo fui percebendo que aquela amizade que a cada dia se fortalecia estava indo além dos limites. Tínhamos necessidade de estarmos juntos. Não nos tocávamos. Era uma espécie de amor platônico. Eu via em Vitor a imagem do pai, do irmão. Talvez porque essas pessoas foram muito distantes de mim, nunca tive por parte deles um gesto de amor ou carinho. Aliado a isso sofri muito no meu casamento e depois de tanto sofrimento tomei coragem e sai de casa sem olhar para trás, com uma filha de 3 anos e sem emprego. Fui acolhida pela minha família e em seguida comecei a trabalhar no serviço público.
Descobrimos que aquela amizade se transformou em amor. Não queria aceitar. Foi quando ele olhou nos meus olhos e disse que eu confessasse o que estava claro. Neguei enquanto pude. Mas chegou ao ponto de, chorando, lhe dizer “sinto muito, eu estou amando o meu amigo, o meu irmão”. Ambos nos beijamos chorando e decidimos lutar por esse amor. Nessa época, por ameaças da filha caçula, ele voltou para casa. Entretanto, pouco tempo depois, ele não conseguiu ficar com a família e saiu de casa. Depois de quase dois anos fomos morar juntos. Meu Deus, como eu era feliz! Nunca fui tão amada, tão admirada! Ele era o meu amor, meu melhor amigo, a pessoa que eu contava para tudo. Enfim a minha alma gêmea. Gostávamos das mesmas coisas e saíamos muito.
Porém, com a convivência percebi que (e eu já sabia disso) Vitor era muito devagar e eu muito ativa. Começamos a nos desentender e nesses desentendimentos eu o humilhava muito; Eu ganhava mais do que ele e jogava isso constantemente em sua na cara, além de botá-lo para fora de casa várias vezes. Um dia Vitor me disse chorando que suportava aquilo tudo por me amar demais e que não conseguia imaginar sua vida sem mim. Eu estava radiante com tanto amor. Porém, meu castelo desmoronou quando descobri que Vitor tinha uma amante, uma menina 15 anos mais nova do que ele. Ele assumiu que estava com essa menina já há dois anos e até casa para ela ele alugou. Alegou que eu fui culpada devido às tantas humilhações. Desesperei-me. Nos separamos por 3 meses, mas, por conta de trabalharmos na mesma empresa, todos os dias nos encontrávamos.
Certo dia ele chegou a minha casa dizendo arrependido e voltamos. Meu Deus quanta alegria! Meu sofrimento havia acabado! O Meu amor estava de volta e voltamos a nossa vidinha. Era uma relação perfeita! Mal sabia eu o que estava por vir…
Segue no próximo post!
Beijos
Ju