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Bipolar, Memórias de extremos, Terri Cheney
Já indiquei o livro da Kay Redfield Jamison, Uma mente inquieta, onde ela relata sua luta contra o Transtorno Bipolar. Como já falei hoje mais um pouco sobre essa doença, vim indicar mais um livro sobre o tema:
Bipolar – Memórias de extremos, da Terri Cheney.
Diferente do livro da Kay, que é até poético, um pouco técnico, uma história real porém mais contida, sem desmerecer o sofrimento e a vivência dela, a história da Terri é visceral, é surreal, as lembranças são dolorosas, você consegue sentir, então, acredito que é preciso coragem para ler essa história de superação, de sobrevivência, de desespero. É quase incrível que a autora ainda esteja viva, pois a forma com que a bipolaridade atinge a vida dela é bastante grave, turbulenta e afeta seriamente tudo que a cerca.
Algumas das histórias chegam a ser inacreditáveis e faz a gente pensar no quanto essas pessoas sofrem, quando nós sequer podemos imaginar pelo que elas passam. Se alguém vê um bipolar em crise, já diz que é ‘louco’, ou manda ‘internar’, mas é um sofrimento muito intenso, há toda uma história, uma emoção, um sentimento por trás, onde a pessoa sente culpa, vergonha, de ter vivido isso ou feito aquilo.
Ela narra de forma atemporal episódios da sua vida, as tentativas de suicídio, as angústias, os medos, as noites na cadeia e as explorações sexuais, bem como o abuso de substâncias e o doloroso processo de descobrir a doença e o tratamento extremo com eletrochoque.
Beijos,
Amanda Carvalho
