Quando chega dezembro a cidade se transforma: luzes, bolas coloridas, presépios e enfeites diversos esperam o Natal, que é a, sem dúvida, a maior comemoração cristã.
Engraçado é que, apesar de ser uma festa celebrada nos quatro cantos do país, a grande maioria de nós não tem a menor noção da história do natal, muito menos dos simbolismos que o representam.
Sabe-se que o natal já era comemorado no Império Romano no ano de 336 d.c. e estaria relacionado ao solstício de inverno do dia 22 de dezembro no hemisfério norte, uma festa pagã festejada pelos povos antigos por representar o nascimento e o renascimento. Alguns dados históricos apontam, ainda, que o natal veio para substituir a comemoração romana do nascimento do “deus sol invencível, que era o deus preferido de Constantino, imperador romano.
É certo que somente no século IV é que ficou estabelecido que 25 de dezembro era a data do nascimento do Cristo.
Antigamente, as comemorações de natal duravam 12 dias, já que esse foi o número de dias que os três reis magos demoraram para chegarem a Belém e entregaram os presentes de Jesus.
A idéia de trocar presentes no natal, que se estende até hoje, surgiu por causa dos reis magos e simboliza a oferta de Deus, que deu ao mundo o seu filho e , ainda, o compartilhar e a generosidade em doar ao outro um pouco do que se tem.
Os presentes geralmente são colocados aos pés da árvore de Natal que, desde muito tempo, é representada pelo pinheiro. A escolha do pinheiro como árvore de natal não foi aleatória, pois deriva de uma citação bíblica onde Deus diz que Ele é como o cipreste, que mantém as suas folhas sempre verdes. Em outros trechos bíblicos existem referências que dizem que mesmo diante da falta de esperança, da seco ou do inverno, Deus faz brotar o verde de uma nova esperança. Então, a árvore de natal, que representa o renascimento da esperança, teria que ser aquela que conservasse suas folhas verdes durante todo o tempo e por isso os europeus escolheram o pinheiro, que mantém as folhas verdes mesmo no inverno mais rigoroso.
Outra versão diz que o Padre Martinho Lutero enxergou entre os pinheiros da floresta as estrelas do céu e por causa disso resolveu levar para casa um galho. Lá chegando, colocou o galho de pinheiro em um vaso e acendeu velas ao redor para ter a mesma impressão das estrelas que viu na floresta de pinheiros e com isso mostrar como deveria ter sido o céu na noite em que Jesus nasceu.
Sabe-se, ainda, que nas homenagens a Baco, os romanos penduravam máscaras desse deus em pinheiros para comemorar a saturnália, uma festa pagã que coincide com o natal cristão. De toda forma, o pinheiro simboliza a fartura, a esperança e os bons frutos.
A estrela colocada no topo do pinheiro e as estrelas espalhadas pela árvore indicam o caminho que os reis magos percorreram para chegar até o menino Jesus. Ela simboliza o extraordinário e aponta para o local onde o Cristo nasceu.
Até as velas, tão usadas nas noites de Natal, possuem um simbolismo. Elas simbolizam, no cristianismo, a luz ( o Cristo) que veio ao mundo, mas já era utilizada nos rituais pagãos para simbolizar os deuses ancestrais e a luz que mantinha viva o deus Sol.
O sino simboliza a chegada de Jesus e representa o respeito por tudo o que é sagrado.
No próximo post vou falar sobre os demais símbolos, tá?
Beijos
Ju
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