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Depressão infantil

Vocês conhecem a doença do século? Então, não podemos pensar que a depressão afeta apenas os adultos! As crianças também são alvos dessa doença. Porque isso acontece?

Vou contar uma historinha para vocês entenderem melhor como a depressão chega devagarinho na vida das crianças.

Pedro, ia bem na escola, tinha muitos amigos e adorava passar as tardes na casa do avô jogando futebol de botão. Um dia, antes de ir para a aula, o menino soube que seu companheiro de diversão estava no hospital. Dias depois, o avô de Pedro morreu. Sem entender muito bem aquela situação, já que era a primeira vez que perdia alguém querido, Pedro mudou. As notas pioraram, a vontade de sair com os amigos desapareceu e parecia que ele não sentia mais prazer em nada.

Os pais achavam que a tristeza de Pedro era passageira e que logo tudo iria voltar ao normal. Mas não, ele estava em depressão. Apesar de Pedro ser um personagem fictício, sua história reflete a realidade de muitas crianças no Brasil e no mundo.

Cerca de 5% do total de crianças e adolescentes do mundo sofrem de depressão, de acordo com a Academia Americana de Psiquiatria Infanto Juvenil. Entre os sintomas que merecem atenção dos pais estão: agressividade, isolamento, falta de vontade, desatenção, pessimismo e etc. Ainda que os mais comuns sejam os que aparentemente deixam as crinças apáticas, o mais importante é que os pais estejam atentos às modificações gerais de comportamento.

Dependendo do tipo de depressão, ela pode se tornar mais agitada ou mais instrospectiva. O mais importante é estar atento às mudanças bruscas. Se ela era mais calma e se tornou mais agitada ou o inverso.

De forma geral, os sintomas da depressão infantil são semelhantes aos dos adultos. Apessar disso, as crianças não apresentam exatamente os mesmos sinais que os mais velhos por ainda não terem a personalidade totalmente desenvolvida.

O diagnóstico da doença na forma infantil existe apenas há 20 anos e a sociedade ainda reluta em aceitar a depressão nessa faixa etária. Muitas vezes os pais entendem que comportamentos não adequados dos pequenos são “só coisa de criança”, sem importância. Na verdade, a principal diferença entre uma criança depressiva e outra que apenas passa por um momento de crise é a intensidade, além da frequência dos indícios.

A tristeza por si só é um sentimento natural, mas associada a outros sintomas e trazendo um prejuízo no funcionamento diário da criança, pode caracterizar a depressão. Normalmente o tratamento é feito com psicoterapia e medicamentos, em casos mais graves.

Por outro lado, nem toda criança que começa ir mal na escola ou fica mais desanimada, por exemplo, está deprimida. Entre 18% e 20% das crianças e jovens do mundo apresentam sintomas depressivos, que duram um certo período e depois passam. As pessoas confundem uma criança com sintomas com uma criança doente, depressiva. É bastante diferente!

O fator predominante para que uma criança venha a desenvolver depressão é o genético. Quanto maior a propensão genética, mais fácil de a criança ficar doente, principalmente quando é aliada a fatores externos. Como mudança de casa, escola, de cidade, separação dos pais, perda de um ente querido, ou qualquer outra situação de estresse.

O papel da escola é fundamental para ajudar os pais a identificarem possíveis problemas com os pequenos. A escola deve estar preparada para observar as crianças. Na maioria das vezes, os professores se preocupam com o conteúdo e esquecem de prestar atenção devida às relações sociais. Depois de diagnosticado o problema, a escola também precisa dar todo o apoio e incentivo para essa criança, uma vez que o depressivo se sente fracassado, como se fosse a pior pessoa do mundo.

Nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, como o câncer e doenças cardíacas. Ao todo mais de 450 milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais, a maioria delas nos países em desenvolvimento.

Portanto, vamos ficar atentos aos nossos filhos, prestem atenção nesses sintomas detalhados como: sentimentos de desesperança, dificuldade de concentração, memória ou raciocínio, angústia, pessimismo, agressividade, falta de apetite, tronco arqueado, isolamento, apatia, insônia ou sono excessivo, desatenção em tudo que tenta fazer, queixas de dores, baixa autoestima, idéia de suicídio ou pensamentos trágicos, sensação frequente de cansaço ou perda de energia, sentimentos de culpa, dificuldade de se afastar da mãe, baixo desempenho escolar, pouca capacidade para se divertir, mudança no padrão alimentar, choro e hiperatividade ou hipoatividade.

A estrutura familiar é muito importante para o desenvolvimento das crianças, por isso a presença dos pais na criação delas faz toda a diferença.

É uma doença bastante delicada, não é?

Beijos, Rogéria.

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Written by Kalina Amaro

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.. mas você vai ver meus posts mais na categoria beleza.

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