Oi Meninas!
Nós vivemos em uma sociedade que valoriza o consumismo, o ter em detrimento do ser, onde prevalece o medo da solidão e do abandono, e onde somos condicionados a nos apegarmos a tudo que entra em nossa vida. Algumas pessoas são apegadas ao dinheiro, a coisas materiais, outras se apegam a pessoas, coisas, objetos, sonhos, atitudes e sequer percebem o quanto deixam de viver por causa do apego.
O apego está ligado a uma crença errônea de que precisamos daquilo para ser feliz, de que sem isso não conseguiremos viver e esconde sentimentos de insegurança, baixa autoestima e desejos de possuir e controlar. Quantas pessoas acham que precisam comprar determinado produto para ser feliz, quantas acumulam objetos sem utilidade nenhuma, quantas não conseguem se desfazer de roupas que não usam mais, doar brinquedos velhos, quantas se mantém nas mesmas situações, no mesmo emprego ou nas mesmas relações que já não satisfazem mais? Muitas pessoas. Muitas MESMO.
É claro que manter um padrão, uma rotina, dá certa sensação de segurança, que é na verdade falsa, pois quando repetimos, fazemos e mantemos tudo como está, o futuro será exatamente o que já se tem agora. Se não mudo, se não evoluo, as coisas serão sempre assim, como já estão. Por isso, é muito importante aprendermos e cultivarmos o desapego.
Para desapegar, é preciso compreender que nossa felicidade independe do que podemos comprar, ter, exibir. Nossa felicidade independe de objetos, de pessoas, de lembranças, de passado. Felicidade é estado de espírito e se conquista quando valorizamos nossa essência e quando nos conhecemos verdadeiramente. É preciso compreender, também, que tudo nessa vida é passageiro, que nada pertence a ninguém, que ninguém é dono de nada, que ninguém pertence a ninguém, que ninguém fica com nada.
Tudo passa e esse é o sentido natural da vida: passar, deixar as coisas fluírem. Para isso que serve o tempo: para indicar que é preciso seguir em frente e deixar o passado para trás, viver o presente e construir o futuro. Na verdade, nós não temos nada, não possuímos nada além do nosso próprio corpo, da nossa própria alma e nosso próprio jeito de ser. Só temos nosso Ser e deveríamos nos preocupar com isso, e não com o apego a coisas que na verdade não possuímos.
O apego traz sofrimentos desnecessários, ansiedades e incertezas que poderiam muito bem ter sido evitadas. Assim, é hora de tirar da nossa vida tudo que já não nos serve mais e que, por conta do apego, das inseguranças, do medo do novo, ainda fazem parte da nossa vida. É preciso jogar coisas velhas no lixo, abrir espaço para o novo, para novas recordações, novas roupas, novos objetos, novas oportunidades, novos conhecimentos, novas amizades, novos amores…
Ah, o apego nos relacionamentos! Esse é o que traz mais sofrimentos, pois nos iludimos achando que podemos controlar o amor do outro, que ele nos pertence e que somos seus donos. Na verdade, o verdadeiro amor não se apega, ele deixa o outro livre para partir quando bem entender. O verdadeiro amor não sofre, ele compreende que não pode ter o amor do outro. É querer que o outro seja feliz e ser feliz também.
O desapego nos dá clareza para valorizar o que realmente importa, para abrir espaço para novas coisas, para nos amarmos, nos descobrirmos, para aprendermos com a vida e desenvolvermos nossa própria felicidade. Desapego não é renunciar a si em detrimento do outro, desapego é nos libertarmos de mágoas, rancores, ilusões emocionais, coisas materiais e de tudo aquilo que nos aprisiona e nos impede de alcançar uma vida plena e autêntica.
Por isso, meninas, vamos praticar o desapego e encontrar a verdadeira essência do nosso Ser!
Beijos!!
Amanda Carvalho ([email protected])