Assim é fácil, assim tudo fica lindo… Mas um dia, como sempre, a casa cai e o véu da ilusão de rompe.
A casa cai porque, com a convivência, a realidade dá as caras e não há projeção ou ilusão que se sustente.
Não tem como fingir e não tem como fugir: o outro, agora, assim como você, mostra exatamente o que é, e não tem mais como enxergar somente o que se quer.
E é nesse momento que muitos relacionamentos acabam, que os castelos começam a desmoronar, e não poderia ser diferente, já que a pessoa com a qual você se relaciona não existe da forma como você enxerga.
Ela é uma pessoa que, assim como você, erra, acerta, faz besteira e mete o pé pelas mãos.
E enquanto a gente não aprender a enxergar a pessoa real, com partes boas e partes ruins, com luz e com sombra, nenhum relacionamento será verdadeiro.
Essas projeções são fáceis de identificar quando o relacionamento chega ao fim…
Observem que, no fim, comumente dizemos que “ é na separação que a gente vê quem é quem” ou “eu nunca conheci quem estava ao meu lado”.
Na verdade, a pessoa sempre foi exatamente o que é, você não enxergou porque não quis enxergar ou porque, por um certo período, a pessoa fez questão de mostrar apenas o lado bom, o que acaba por provocar uma “cegueira temporária”.
Eu sei que não é fácil “desaprender” a idealizar…Também não é lá muito simples reconhecer que a pessoa que está ao nosso lado não é nenhum super herói, nenhum príncipe saído dos contos infantis… Mas só assim se vive relacionamentos reais! Pensem nisso…
Beijos
Ju