Localizada na base do pescoço, é pequena, tem a forma de uma borboleta e pesa menos que 30 gramas, estou falando da tireóide. Ela é considerada uma das principais glândulas do nosso corpo pois produz os hormônios (T3 e T4) que são responsáveis pelo perfeito funcionamento dos órgãos e equilíbrio do metabolismo.
Vários são os problemas associados ao seu mal funcionamento, e estes em geral são mais comuns em mulheres (podendo ocorrer em homens também), dentre eles queda de cabelos, aumento ou diminuição considerável de peso, intestino desregulado e até mesmo depressão. As causas vão desde o estresse a falta iodo.
São várias também as doenças que decorrem desse mal funcionamento, dentre elas:
Hipertireoidismo
Aumento da quantidade de hormônios tireoidianos, ocorre mais comumente em mulheres de 20 a 40 anos, e é geralmente provocado pela chamada “doença de graves” (o corpo ataca a si próprio criando auto-anticorpos) que faz com que a glândula cresça, mas, existem outras possíveis causas como, o uso excessivo de remédios com grande concentração de iodo, ou o excesso de funcionamento da tireóide.
Os principais sintomas são, perda brusca de peso, tremores, insônia, agitação, transpiração excessiva, irritabilidade, palpitações, muita fome, etc.
O tratamento depende da idade, das causas e da intensidade da doença, é feito por meio de remédios que diminuem os níveis de hormônio e em alguns casos por meio de cirurgia para retirada de parte da glândula.
Hipotireoidismo
Ao contrário do Hipertireoidismo, é a diminuição da quantidade de hormônios tireoidianos, ocorre principalmente em mulheres acima de 40 anos, podendo ocorrer também em recém-nascidos. Surge devido a inflamação da glândula (tireóide de Hashimoto), falta de iodo, depois de uma cirurgia de retirada da tireóide e por defeitos genéticos das enzimas que sintetizam os hormônios, ou seja, a doença tem origem hereditária também.
Os principais sintomas em recém-nascidos são hérnia umbilical, rouquidão (no choro), apatia, pela seca, sonolência, constipação e dificuldade de desenvolvimento; em adultos, cansaço, aumento de peso, depressão, menor tolerância ao frio, menstruação irregular, queda de cabelos, lentidão, etc.
O tratamento muitas vezes é longo, podendo ser pelo resto da vida, e exige a medição dos níveis de hormônio ao longo do ano.
Nódulo tireoidiano
São lesões (caroços) arredondadas que se desenvolvem na tireóide, provocados por tumores (benignos ou malignos), cistos e tireoidites (inflamações).
Ocorre principalmente em mulheres acima dos 40 anos e sua origem é normalmente genética
Em geral são assintomáticos, sendo que, quando crescem muito, surgem sintomas como rouquidão, dificuldade para engolir e para respirar, veias do pescoço dilatadas e, raros casos, dor no local; a pessoa pode apresentar também sintomas de hipertireoidismo e hipotireoidismo.
Quanto ao tratamento, na maioria dos casos, é indicada a cirurgia para retirada de toda a glândula, sendo indicados, também, medicamentos para reposição de iodo e reposição hormonal.
Pode-se fazer um autoexame (apalpando-se a região onde a glândula está localizada no pescoço) que irá detectar apenas alterações que estejam muito avançadas.
E lembre-se sempre, seja qual for o sintoma, É IMPRESCINDÍVEL PROCURAR UM MÉDICO, nunca tome remédios por conta própria. Só o médico, por meio de exames, poderá diagnosticar com certeza qual o seu problema.
Lili Nascimento
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