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Ácido glioxílico – tire todas as suas dúvidas

Ácido glioxílico cabelos
Ácido glioxílico – tire todas as suas dúvidas sobre essa substância!

Progressiva a base de ácido glioxílico

Muitas de vocês já devem ter ouvido falar nas novas fórmulas de progressivas a base de ácido glioxílico. Mas, afinal, o que é essa substância, o que ela pode causar, quais são os benefícios e os possíveis danos? Vamos por partes. Em primeiro lugar, é preciso saber, exatamente, o que é ácido glioxílico. Esse ingrediente é muito encontrado em alguns cosméticos e tem como principal função ajustar o pH e também produzir o efeito tamponante, que é dar ao produto a capacidade de resistir às mudanças do pH. Porém, há uma polêmica. A Anvisa afirma que a substância, quando submetido a altas temperaturas pode liberar formol. Vamos explicar direitinho o que ocorre.

Como estamos falando da progressiva a base de ácido glioxílico, vamos falar da ação desse produto específico. Em primeiro lugar, é bom saber que o produto não tem em sua substância o formol. Mas, quando é aquecido, ele solta o chamado formaldeído, mas em teores baixíssimos, que, segundo químicos, não prejudicam e podem ser aplicados nos cabelos. Logicamente, todo cuidado é pouco quando se trata da concentração do produto, por isso é bom ficar atento ao rótulo para saber a porcentagem do ácido glioxílico no produto. Se tiver o selo da Anvisa é meio caminho andado, já que o órgão só libera produtos que estejam com todas as especificações em dia e que têm medições específicas para não causar alergias ou quaisquer riscos à saúde.

Algumas marcas famosas têm investido em progressivas a base de ácido glioxílico. Em primeiro lugar, vamos falar das vantagens do produto. Além de promover um efeito liso e recuperar cabelos ressecados, ele também permite aspecto natural, brilhante, sela as cutículas e ainda é compatível com diferentes tipos de processos químicos. Geralmente, o produto vem aliado a diferentes tipos de nutrientes, ativos e vitaminas, que permitem esse fortalecimento das madeixas e podem deixar o efeito liso por até 4 meses. Porém, qualquer tratamento químico tem de ser precedido de todos os textos para não só especificar se você não tem qualquer alergia ao produto como também ele não vá causar algum mal – como quebra química, por exemplo, causando muito mais transtornos do que, propriamente, beleza aos seus cabelos.

Ácido glioxílico faz mal à saúde

Antes de passar, porém, a mais informações, vamos esclarecer algumas polêmicas que causaram dúvidas. Em primeiro lugar, houve uma polêmica há algum tempo quando um famoso programa de televisão mostrou que produtos contendo o ácido poderiam causar mal à saúde. É preciso analisar algumas questões que comprovam que essa é uma informação falsa. Em primeiro lugar, o ácido glioxílico contido nas progressivas não tem uma quantidade suficiente para se transformar em problema e vamos explicar o porquê. Na maioria das indicações das principais escovas progressivas contendo ácido glioxílico, o produto é aplicado e totalmente retirado antes que os fios sejam submetidos às temperaturas de secadores ou chapinhas. Quer dizer, até fica algum traço do produto nos fios, que já foram modificados pela ação do produto, mas segundo especialistas elas são insignificantes. Segundo estudo realizado por químicos o ácido glioxílico só causaria mal se fosse submetido a temperaturas próximas a 500 graus célsius – que, aliás, já deixariam nossos cabelos no chão.

Ácido glioxílico é compatível com amônia

A questão da compatibilidade é um sério problema para quem ama os fios e não quer vê-los com problemas por nada no mundo. Por isso, como indicamos acima, o mais prudente é fazer a prova do toque e esperar, pacientemente, para ver a reação da mecha com a substância. Se passado o tempo da prova, tudo estiver bem, então você pode usar o produto sem susto. Mas se houve quebra e seus cabelos ficaram com pouca elasticidade ou se quebraram, o melhor é não usar a química. A princípio, o ácido glioxílico é, sim, compatível com a amônia. Porém, não se trata apenas de duas substâncias, mas, também, do próprio estado dos seus cabelos. Quando enfraquecidos, com quebra, falta de nutrientes, ressecamento, qualquer tipo de cabelo pode sofrer uma reação com a química e ir, literalmente, ao chão. Por isso, nada de só ler é compatível ou não. Vá a um especialista, deixe que ele analise seus fios e que também indique se os produtos farão a diferença.

Ácido glioxílico alisa os cabelos

Sim. Tudo porque o ácido glioxílico tem um ativo que age dentro da fibra capilar, modificando e tornando-a mais lisa. Isso possibilita que fios crespos, cacheados ou ondulados possam ficar ainda mais lisos, sem frizz e mais hidraados. Geralmente, quando está na formulação de uma escova progressiva, a substância também está associada a queratina, pantenol, óleos de argan, coco ou macadâmia que ajudam não só a dar maior hidratação como permitem um tratamento completo dos fios. O resultado são cabelos mais lisos, tratados, brilhantes, macios e com vida.

Ácido glioxílico e carbocisteína

Vamos falar das duas substâncias juntas que ajudam a tornar os fios mais lisos e vistosos. A carbocisteína é um derivado do aminoácido L-Cisteína, que é nosso velho conhecido, já que faz parte da fibra capilar e compõe a queratina natural dos fios. Ela garante não só maior fortalecimento dos fios como também dá maior vitalidade, ela protege a fibra capilar e retém a água, não permitindo o ressecamento dos fios. Quando associada ao ácido glioxílico, ela proporciona a nutrição e também permite que a estrutura do fio não se modifique tanto e haja quebra ou outros problemas.

Então, por si só, a carbocisteína não modifica os fios, por isso sua associação com o ácido glioxílico é tão necessária para que ele faça a transformação na estrutura dos fios, enquanto o aminoácido complementa o tratamento dando força aos cabelos.

O melhor é que essa associação é compatível com todas as químicas.

Ácido glioxílico é compatível com guanidina

A guanidina é uma substância que tem como principal ativo a mistura de carbonato de guanidina com hidróxido de cálcio. Há pessoas que amam, outras odeiam por uma série de motivos. Ela age de forma diferente em determinados formatos de fios, que podem ficar desde muito lisos até com cachos mais definidos. Um dos maiores erros de quem utiliza determinadas químicas é misturá-la com outras, o  que pode causar sérios danos aos cabelos.

Mas, quando se trata do ácido glioxílico, a guanidina é compatível. Porém, isso não quer dizer que ela vá fazer maravilhas pelo seu cabelo. Mais uma vez, e sempre que pudermos, vamos voltar na questão da prova do toque. É preciso ver a compatibilidade nos seus cabelos e ver se não haverá quebra, queda química ou o enfraquecimento dos seus fios. Pode ser que tudo ocorra às mil maravilhas, mas pode ser que não. O melhor é confiar em um especialista para que ele faça a avaliação dos seus fios.

Ácido glioxílico formol

É bom saber que o ácido glioxílico não contém qualquer traço de formol. Isso significa que você não estará utilizando a substância que tanto mal fez a várias pessoas e causou sérios problemas alérgicos e também nos fios. O que o ácido glioxílico faz é liberar, em pequenas quantidades, o chamado formaldeído. Não em sua fórmula líquida, que aí se configuraria um perigo, mas, sim, em forma de gases por causa da fumaça. Sei que você pode estar preocupada com essa substância, mas ficará surpresa na quantidade de produtos que ela está presente e você nem sabe. Ela pode ser encontrada em produtos para as unhas como esmaltes, colas, removedores de esmaltes, de cutículas e loções, na cola para os cílios postiços, nos gel, cremes e produtos para alisamento capilar e até mesmo em shampoos para crianças, nos sabonetes, desodorantes, cremes para pele, enxaguantes bucais.

Logicamente, cada uma de nós reage de maneira diferente a certos produtos. Então, é bom ficar atenta à sua reação às progressivas que contêm ácido glioxílico. Se você notar ardência, dor, feridas ou quaisquer outros tipos de reações, o melhor a fazer é retirar o produto imediatamente para que não haja mais reações. Há pessoas também que podem ter problemas na pele como aspereza, falta de sensibilidade, dermatites, desidratação, rachaduras e, no caso dos cabelos, a reação pode ser quebra e queda capilar.

Acido glioxílico no cabelo, onde comprar

Como falamos, o ácido glioxílico é um produto que exige certos cuidados e, por isso, é preciso uma série de cuidados para manuseá-lo, inclusive, tendo equipamentos para segurança como luvas, máscaras e óculos. Há diversos locais, principalmente na internet, que vendem o ácido glioxílico, mas nossa indicação é que você não o compre. O melhor sempre, ainda mais quando se trata dos seus cabelos, é conversar com um profissional especializado para que ele possa falar do que seus fios estão precisando. Se for fazer algum tipo de escova progressiva que tenha a substância em sua formulação, sempre faça a prova do toque, que é imprescindível, como já falamos acima.

E, em qualquer tratamento químico, faça, antes, hidratações, reconstruções, para manter o cabelo saudável. Se houver qualquer dúvida quanto ao ácido glioxílico, é sempre bom conversar com um profissional especializado. Ele será capaz de não só falar na ação do produto, como também indicar clientes que já usaram a substância para que você possa comprovar, com seus próprios olhos, os benefícios do produto nos cabelos.

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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