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Droga de remédio

O mercado informal de medicamentos no Brasil já movimenta mais dinheiro do que o tráfico de drogas ilícitas como a maconha, crack e cocaína. O volume de dinheiro que se consegue lucrar com a venda dos remédios é assustador. E nesse caso específico do depósito havia todo tipo de irregularidade, desde remédio contrabandeado, o que tem sido mais comum, até caixas de medicamentos que provavelmente eram frutos de roubos de cargas, além de receitas adulteradas e ainda remédios falsos produzidos no local, o que se tornou mais raro a partir de 1998, citando o Paraguai como origem principal do tráfico de remédios controlados, apesar de ter apreendido também, pela primeira vez, material fabricado no Canadá.

O tráfico internacional de remédios tornou-se o principal vilão para a vigilância sanitária, pois a busca por medicamento fora do País aumentou nos últimos anos em razão da maior fiscalização sobre medicamentos controlados e da exigência de receita e ainda pelo fato de alguns medicamentos terem a comercialização proibida no Brasil, recentemente, como os emagrecedores feitos à base de anfepramona, femproporex e mazindol. O mais novo alvo dos falsários é o Desobesi-M, emagrecedor derivado de anfetamina, que foi banido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde o último dia 10.

Desobesi-M, é uma anfetamina, conhecida como “rebite” e muito popular entre caminhoneiros, por inibir ou retardar o sono. Só neste ano mais de 250 comprimidos desse tipo foram apreendidos nas estradas brasileiras. Parece pouco, mas não é, porque uma apreensão maior exigiria uma fiscalização detalhista, caminhão por caminhão.

Da lista de medicamentos irregulares, os mais vendidos são para a disfunção erétil, abortivos, remédios para dor de cabeça, mal de parkinson, anabolizantes e até colírio para catarata. Esse mercado explodiu em vendas. Em 2007 foram apreendidos 322 mil comprimidos falsos e contrabandeados. Em 2010 foram 18 milhões, em ações da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária e da Anvisa.

Na hora da compra do medicamento, veja a validade, se há rasura na embalagem e violação no lacre. O número do registro deve ser igual na embalagem e na cartela.

Em caso de suspeita ou diferença verificada, recolha informações sobre o produto, como o número do registro e o lote e ligue para o laboratório que o fabrica. Busque informações ou denuncie para a Vigilância Sanitária de sua cidade ou para as delegacias de repressão a crimes contra a saúde pública, da Polícia Federal. E procure um médico, se o remédio não fizer efeito.

Desconfie até mesmo da farmácia. Até elas estão cometendo irregularidades, seja por continuar a vender remédios que passaram a ser proibidos, seja por não exigir a receita ou ainda fazer parte do mercado informal dos falsários, como já ocorreu em alguns casos.

Se por um acaso houver facilitação em algum estabelecimento ou ainda se o balconista sugerir um medicamento controlado ou proibido, desconfie e relate o caso à Vigilância Sanitária de seu Estado ou para o serviço de atendimento ao consumidor do laboratório fabricante do remédio.

Meninas, vamos ficar atentas. Na hora da compra de algum remédio, não peça para uma criança ir na farmácia, ou uma pessoa que não saiba ler. Se você fizer o pedido do medicamento pelo telefone, antes que o moto boy vá embora, também verifique todos os detalhes da embalagem. Portanto vamos observar e denunciar mesmo, pois é a nossa saúde que está em jogo.

Beijos, Rogéria.

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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