Óleo de Prímula: Benefícios
Vocês já repararam que os óleos estão com tudo? Começou com o óleo de coco, que foi uma febre, e hoje quase todo mundo toma um óleo diferente, como linhaça, peixe, cártamo, prímula e por aí vai.
O óleo de prímula vem conquistando adeptos nos quatro cantos do mundo por ser uma fonte rica em ácidos graxos, sobretudo em GLA, e por auxiliar na dieta.
A prímula é conhecida como Oenothera ou “evening primrose”, que significa estrela do entardecer, nome que provém de uma característica sua, já que suas flores se abrem ao entardecer.
Seu óleo fornece boas doses de GLA, que pode ser convertido diretamente ao di-homo-GLA, o precursor da prostaglandina. Pra quem não conhece, o GLA tem atividade redutora do colesterol, e é tão potente que chega a, comparando, ter uma atividade redutora cerca de 170 vezes maior que o ácido linoleico.
Sua composição em ácidos graxos é a seguinte:
- Ácido oléico 8 – 12%
- Ácido linoléico 65 – 75%
- Ácido gama linolênico (GLA) 8 – 11%
- Ácido palmítico 5 – 8 %
- Ácido esteárico 1,5%
- Outros ácidos 0,5%
Por causa de suas propriedades, possui muitos usos terapêuticos, como, por exemplo, em casos de psoríase, esclerose múltipla, menopausa, eczema, neuropatias diabéticas, dermatites, endometriose, tensão pré-menstrual, hiperglicemia, artrite reumatoide e como suplemento de ômega 6.
Seu uso é contraindicado para gestantes e lactantes pois seus efeitos, nesses casos, não são amplamente conhecidos. Pessoas que usam de agentes epileptogênicos ou portadores de esquizofrenia só devem usar o produto com conhecimento, indicação e acompanhamento médico, já que existem contraindicações nesses casos.
Estudos feitos em cobaias (odeio esse termo…) levaram a conclusão de que a prímula pode reduzir a resistência à convulsões em pacientes epiléticos, e por isso o seu uso não é indicado para consumo de pessoas epiléticos.
Existem relatos que levam a conclusão, ainda não absoluta, de que a prímula tenha ação na inibição da agregação plaquetária, sendo, por isso, contraindicada em situações onde exista sangramentos, em disfunções hemostáticas, em casos de tratamento com anticoagulantes, inclusive o ácido acetilsalicílico, e em tratamento com agentes anti-plaquetários como a ticlodipina, por exemplo.
Caso vá fazer algum procedimento odontológico cirúrgico é indicado suspender o uso do óleo de prímula cerca de quinze dias antes.
A dose usual é de duas cápsulas ao dia contendo de 0.5 a 8g de óleo de prímula. Vale lembrar que para obter os resultados desejados o tratamento deve ser feito por, no mínimo, três meses.
Óleo de Prímula: Reações adversas
Algumas reações adversas são comuns, como, por exemplo, náuseas, cefaleia e erupções cutâneas. Em alguns casos observou-se inflamação, trombose e imunossupressão, que ocorre por causa do acúmulo devido ao acúmulo de araquidônico tecidual. Casos de epilepsia do lobo temporal em pacientes esquizofrênicos e por aqueles que fazem uso de agentes epileptogênicos também foram observados.
É preciso ter cuidado com interações medicamentosas, sobretudo com as fenotiazinas (como os antipiléticos, ticlodipina, dipiridamol, ácido acetilsalicílico e AINEs ), pois o risco de convulsões aumenta.
O uso em doses elevadas pode levar a quadros de cólicas intestinais.
O óleo de prímula é facilmente encontrado em lojas de produtos naturais, em farmácias e em farmácias de manipulação.