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Uma Reflexão Sobre O Consumo de Luxo

Tenho achado que as coisas andam meio “sem noção”, por isso acho válido refletir um pouquinho sobre o tal mercado de luxo.

O produto de luxo traz em si um símbolo, um signo, um significado agregado, que não passa de uma construção social, pois o produto de luxo não existe, o que existe, segundo Twitchell, é o conceito do que constitui um produto de luxo.

Assim, quem compra um produto de luxo está, na verdade, comprando o significado daquele objeto e não o objeto em si. Paga-se, pois, pelo sentido imaterial que acompanha o produto. E é por esse motivo que o mercado de luxo cresce cada dia mais, pois junto com o produto compra-se status, diferenciação e reconhecimento social.

Esses três pontos – status, diferenciação e reconhecimento social – são de extrema importância na sociedade de hoje, onde as pessoas possuem uma necessidade de serem aceitas pelas outras, de pertencerem a um “clube”, a um grupo exclusivo.

Essa necessidade de admiração e reconhecimento é tida como importante pois, na grande maioria das vezes,  é através do outro que se forma a auto imagem. Assim, a pessoa acredita ser o que dizem que ela é, e se a imagem que ela passa é de luxo e de poder, e as outras pessoas enxergam esse simbolismo, é nisso que ela vai se basear na formação da sua identidade.

Além disso, o consumo é um fator de delimitação do status social, de forma que ao consumir um produto de luxo tem-se a ilusão de estar-se adentrando em uma categoria social superior, o que faz com que milhares de pessoas façam o possível e o impossível para adquirir esses produtos.

Eu não sou contra o consumo de luxo. Eu sou contra o consumo inconsciente, e é isso que eu vejo na grande maioria das vezes, porque uma coisa é uma pessoa que tem capital cultural e decide comprar um produto de luxo com base no conhecimento que ela tem  sobre o  produto, e outra bem diferente é uma pessoa que consume luxo sem ter a menor idéia da qualidade ou das características do produto, que consome o produto simplesmente pelo status.

Sendo bem clara: pagar por qualidade é válido, inteligente e necessário. Pagar por sentido imaterial, seja qual for,  do que quer que seja é, PRA MIM, desaforo com o meu dinheiro, e meu dinheiro não aceita desaforo!

E vocês, o que acham disso?

Beijos

Ju

@JuLopesL / julianalopes@patricinhaesperta.com.br

https://www.facebook.com/JuLopesPE

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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