Meninas, o livro de hoje é sobre Mukhtar Mai, uma paquistanesa que se transformou em símbolo da luta feminina no seu país e no mundo.
Segundo o livro, Mukhtar Mai foi até o conselho da aldeia onde nasceu e viveu até então para pedir clemência por seu irmão, um menino de 12 anos que estava sendo julgado por supostamente ter se envolvido com uma menina de um clã superior.
A punição determinada pelo chefe do tal clã superior foi o estupro coletivo de Mukhtar Mai em um chão de terra batida, por inúmeros homens, um após o outro.
Isso é de uma selvageria tão profunda que me enoja… E por isso acho que é importante ler esse livro pra ter uma noção clara, através do relato de uma vítima, do que acontece em muitos lugares do mundo.
Não costumo opinar sobre fatos ou costumes culturais, pois acho de uma prepotência sem limites quem julga os costumes e tradições alheios como selvagens, atrasados ou coisa similar, mas independente de cultura ou de tradição, a violência contra a mulher, ou contra qualquer ser, jamais pode ser admitida e é sempre absurda, selvagem e inaceitável.
Por mais absurdo que pareça, esse não é um caso isolado e agressões desse tipo vêm acontecendo todos os dias, ano após ano, em diversas partes do mundo.
O fato de uma vítima de um crime tão bárbaro ter a coragem de expor sua dor diante do mundo inteiro para denunciar a forma como a mulher é tratada em seu país é de uma relevância muito grande, pois foi com esse relato que se iniciou um movimento para contestar e rever hábitos profundamente arraigados na sociedade paquistanesa.
Um livro que causa revolta, que conscientiza , que alerta e que faz brotar, pela indignação, a vontade de fazer algo, por menor que seja, para barrar qualquer ato que venha a violar a dignidade humana.
Quem quiser ler esse livro é só me enviar um e-mail que envio o PDF, certo?
Beijos
Ju
@JuLopesL / julianalopes@patricinhaesperta.com.br