Desde que a moda é moda que ela tem o poder de conquistar um grande número de seguidoras por onde passa. O mundo colorido encanta logo no primeiro olhar com vitrines muito bem elaboradas, looks sensacionais, daqueles que dá vontade de se vestir igualzinha, modelos belíssimas nas passarelas e novidades a todo instante estampadas em revistas, na Tv, em sites e nos milhões de blogs sobre moda e beleza.
O desejo de toda mulher é se sentir bonita, atraente e poderosa. É justo aí que a moda entra, ela eleva a autoestima proporcionando segurança, isso faz com que nós sejamos atraídas facilmente por esse mundo cheio de estilo. Entretanto, há uma linha tênue que separa o lado mágico desse mundo, do lado negro que agride silenciosamente suas seguidoras. Comprometer a saúde em virtude da beleza é o mesmo que se sabotar com as próprias mãos.
Nenhum ato de beleza é válido quando há intenção de se render a hábitos que a levarão a consequências severas como as causadas pelas dietas mirabolantes, pelos saltos enormes e pelas bolsas super pesadas. O conjunto da obra resulta em muitas dores espalhadas pelo corpo e, quando essas práticas são recorrentes, não há duvidas de que os prejuízos podem ser ainda maiores.
A pergunta é: será que realmente vale o sacrifício para estar dento dos padrões, muitas vezes criados na própria cabeça, nem que para isso seja preciso atropelar a saúde? A resposta para essa pergunta absurda deve ser não, sempre! Afinal, se não temos saúde, não temos nada. Parece uma frase clichê, mas é a realidade. O fato é que se tratam de hábitos silenciosos que começam com uma dor ali nas pernas, outra ali no calcanhar e depois o problema pode se agravar bastante caso essas atitudes não sejam moderadas. Vamos conhecer as piores manias da moda e descobrir como elas nos afetam:
Vício do salto alto
Existem mulheres que só conseguem se sentir seguras quando estão em cima de um belo sapato de salto alto. Algumas chegam a dizer que nunca descem do salto, mas essa atitude é quase que considerada um crime a saúde da coluna, das pernas e pés e das articulações.
É inegável a beleza de um salto agulha ou de um sapato daqueles na qual a paixão é arrebatadora, já sentiu isso? O amor à primeira vista logo na vitrine da loja, até porque os sapatos são comprovadamente a paixão mundial das mulheres. E é justamente aí que mora o perigo, essa loucura pelos calçados leva o público feminino a comprometer a saúde, muitas vezes por motivos pequenos como, por exemplo, somente porque é uma tendência. Por mais que o desconforto seja tremendo, ainda assim, muitas insistem em usar a nova trend. Não digo que esse fato não é importante, porém, quando comparado a fatores mais relevantes como a própria saúde, certamente não vale o sacrifício.
O salto alto atrapalha no alinhamento do corpo. Como todas sabem, é preciso ser boa na arte do equilíbrio para conseguir se sustentar elegantemente em cima de um. O fato de tentar manter o equilíbrio força diretamente a coluna para trás, já que a tendência do corpo é se inclinar para frente por conta do salto alto.
As consequências não aparecem repentinamente, são ocasionadas pelo uso constante do salto alto. Com o tempo a coluna vertebral se desgasta comprimindo as vértebras, esse é o famoso encurtamento. Se o hábito já faz parte da sua rotina, certamente você já sente fortes dores nas panturrilhas, nos pés, nas costas e câimbras que são os primeiros sinais da agressão ao corpo.
Se você é uma grande viciada em sapatos altíssimos, a melhor forma é intercalar o uso aos outros tipos de saltos e sapatos. O dinamismo da moda oferece um leque recheado de opções. O ideal é abusar dos saltos médios estilo meia pata, plataformas ou saltos mais largos, pois esses distribuem o peso de uma forma mais equilibrada e oferecem mais comodidade à coluna.
Maxi bags
Sejamos práticas, o simples fato de carregar uma bolsa, principalmente quando ela é carregada somente de um lado, causa desequilíbrios nos músculos, o que piora com os problemas de alinhamento corporal. Sabia que segurar uma bolsa pesada no antebraço ou na curva do cotovelo é uma atitude prejudicial tanto quanto carregá-la no ombro? Confesso que quando descobri essa verdade, fiquei pasma, porque sempre acreditei que essa era a melhor maneira, já que não sentia dor no ombro.
O que acontece na realidade é que o lado mais utilizado, consequentemente, se torna mais forte quando comparado ao outro. Quem usa mais o lado direito pode reparar que ele é mais desenvolvido do que o esquerdo. O peso desigual também gera dores na coluna, nos ombros e no pescoço.
Mulher tem a mania errada de carregar a vida dentro da bolsa e o problema aumenta de acordo com o tamanho dela, isso é fato consumado! Portanto, que tal diminuir o tamanho da bolsa? Essa foi a única solução que eu encontrei para aliviar esse peso da minha vida. Decidi não levar a minha necessaire completa na bolsa, diminui 90% dela e, assim, eu abri mão desse hábito erróneo. E Ainda descobri que não preciso de tantos itens de maquiagem para manter a pele bonita quando estou na rua, por isso escolha os makes indispensáveis e pronto. Quando é necessário levar muitos itens, leve outra bag e deixe-a no carro, se o local for seguro, ou no seu escritório. Dessa forma, você não precisa carregar peso por onde for.
Você veste 42 e deseja chegar ao número das top models?
Essa é uma das maiores mentiras do mundo fashion, mas, infelizmente, é uma triste realidade de grande parte do público feminino. O padrão das passarelas é somente para quem desfila, se você não é modelo, qual o motivo de querer chegar ao mesmo peso delas? Esse é um pensamento que não tem sentido e nem tão pouco coerência com a realidade da vida moderna da mulher brasileira. Uma rotina onde o período de 24 horas é pouco para desenvolver as tarefas diárias, já as modelos vivem para isso. O corpo é o instrumento de trabalho no qual a pele, o cabelo e o manequim slim são exigências da profissão.
A primeira regra universal do mundo feminino deveria ser: não se compare à outra. Ser bonita e saudável não significa ter o corpo igual ou até mesmo parecido ao de uma modelo ou celebridade. É estar de acordo com o seu biótipo, com a sua estrutura corporal. Algumas já nascem com tendência a serem magras, já outras, fazem inúmeros regimes e não conseguem alcançar o impossível. A explicação está na estrutura do corpo que não permite que a pessoa fique mais magra do que já está. Concordo que vale à pena lutar em busca dos seus objetivos, uma vez que forem reais e não sacrifiquem a saúde.
Fechar a boca num regime onde, por exemplo, se come melancia o dia inteiro é pedir para adoecer, pois a falta de vitaminas, nutrientes e minerais necessários diariamente pode levar a sérios danos. Portanto, se o objetivo é emagrecer com saúde comece a praticar exercícios, evite gorduras, doces, prefira carboidratos integrais e coma muitas frutas. Para melhores efeitos, procure um nutricionista e siga uma dieta adequada à sua rotina e suas necessidades.
Aperta aqui, aperta ali
Em busca do corpo perfeito muitas se aventuram em atitudes totalmente prejudiciais. Conhece alguém que já comprou uma determinada roupa menor que seu número atual na esperança de emagrecer para usá-la? Quando essa é a única intenção, é até considerada uma forma de incentivo. Mas, o pior acontece na tentativa de entrar na roupa apertada custe o que custar. Essa atitude insana é um pecado contra o corpo. Primeiro que o atrito com o tecido pode causar escoriações na pele e manchas. Em segundo lugar, o ato de se espremer na roupa, literalmente, espreme a região estomacal a ponto de prejudicar a respiração.
Ao comprimir o diafragma a respiração fica comprometida, já que ele é o responsável pelo melhor tipo de respiração. Isso faz com que os pulmões se encham de ar e ocorra a respiração torácica, que não é benéfica quanto à outra porque torna o corpo propenso a tensões no corpo, principalmente no pescoço, nos ombros e na cabeça. Além disso, pode levar aos casos mais graves como o metabolismo lento, ansiedade e depressão.
Diga não à compulsividade
A atmosfera fashion, como dito no inicio do artigo, conquista inúmeras seguidoras que na intenção de estar sempre na moda, se afogam em atitudes condenáveis. A impulsividade deve ser controlada para que as que sofrem desse mal não comprem todas as novidades que chegarem às lojas e depois se afundem em contas do cartão de crédito. Antes de comprar algo, pense se você realmente precisa daquilo, se é indispensável e tente combinar a peça com mais três itens do seu guarda-roupa, se depois de tudo isso, ainda achar super necessário, então compre!