Acho a criação do FWPS louvável, embora entenda que todas as marcas, de todos os segmentos, deveriam comercializar peças de todos os tamanhos.
Nada mais democrático, certo?
Enquanto isso não acontece, se é que vai acontecer um dia, vou batendo palmas para quem abriu os olhos para o segmento e investiu.
Entretanto, é notória a falta de bom senso de algumas marcas, porque pra fazer roupas plus size é preciso conhecer o que funciona ou não nesse tipo de corpo.
Assim como na coleção da Preta Gil (Amo!) pra C&A, vi peças no FWPS que custei a compreender, porque, pra ser clara, minissaia saia branca de renda não orna pra quem veste tamanho 50.
E não, isso não é preconceito, isso é bom senso de quem veste 46.
Quem criou isso carece ou de bom senso ou de conhecimento sobre o público alvo.
Minissaia super justa pra quem tem 80 cm de coxa, isso sem falar das celulites, não orna, não é bonito, não valoriza e não fica bem.
Eu, que tenho 60 cm de coxa, não uso porque tenho perfeita noção do ridículo.
Pois bem, imaginem agora minissaia justa e metalizada (!!!) tamanho 56… Isso não valoriza esse tipo de corpo, isso não fica bonito e não posso acreditar que isso foi feito pensando em deixar as mulheres plus size mais bonitas.
Túnicas, como se sabe, ampliam a silhueta, mas mesmo assim apareceram aos montes…
Transparências que deixavam à mostra partes que, para valorizar o corpo, deveriam ser escondidas, também foram vistas…
Assim como foram vistas estampas que ampliam o volume corporal, cores que deixariam a Olívia Palito gorda, tecidos que evidenciam celulites e peças que envelhecem.
Enfim, apesar dos avanços (que, sejamos justas, são muitos!), é preciso que sejam criadas coleções que não apenas “adequem” as tendências ao corpo plus size, mas sim que valorizem esse tipo de corpo, que proporcionem conforto e elegância.
Beijos
Ju