Eu sempre estimulei a leitura por aqui, e leio de tudo, de Paulo Coelho a Nietzsche, passando pelo Osho, Jorge amado e rótulo de shampoo, e isso sem o mínimo preconceito.
Mas confesso que fiquei surpresa com o sucesso de Cinquenta Tons de Cinza, livro que já vendeu mais de 40 milhões de cópias ao redor do mundo.
A qualidade literária é duvidosa, pra dizer o mínimo, mas Paulo Coelho também é e vende milhões de livros ao redor do mundo, então não “ataco” por esse ângulo.
O que eu não gostei, e vocês tem todo o direito de discordar, lógico, é que mais parece um daqueles romances da série “Sabrina”: infantil demais, conto de fadas demais, fora da realidade demais, superficial demais, simples ( no sentindo ruim) demais, previsível demais e bobo demais.
É um “Crepúsculo” erotizado, sabe?
Um conto de fadas erótico é a melhor definição pra esse “sucesso editorial”.
E talvez por isso faça tanto sucesso, já que, assim como os livros da série Crepúsculo, é um livro fácil de ler e de entender, além de contar histórias bonitinhas que envolvem um tema que, ainda hoje, em pleno 2012, é tabu: sexo!
Não entendo, de verdade, como, ainda hoje, isso pode ser tabu e as pessoas podem se reprimir tanto por uma coisa absolutamente natural.
Talvez, também por isso, o livro seja um fenômeno mundial, já que fala do assunto de forma superficial, simples e aberta, o que sempre desperta curiosidade.
A personagem principal me parece ingênua e fora da realidade demais para uma mulher de vinte e poucos anos, e o personagem principal me parece neurótico demais, coisa que nunca me interessa ( aliás, já dizia Freud que toda neurose é causada pela repressão do desejo sexual…Seria ele um grande reprimido? Porque neurótico ele é com certeza!)
Além disso, e da linguagem ser infantil e do livro ser uma versão erotizada de Crepúsculo, os trechos “sexuais” são extremamente descritivos, e isso é muito chato.
O ponto louvável do livro é mostrar uma protagonista, ainda que infantil e imatura demais pra idade, que se interessa por sexo e que não tende a limitar seus impulsos sexuais, o que é muito raro. Daí em diante, tudo fica chato!
Sim, a narrativa é fraca, chata, incoerente, repetitiva e lenta.
Ops, pra quem gosta de livros do tipo, posso indicar vários, muito melhores, mais interessantes e bem escritos!
Beijos e bom domingo!
Beijos
Ju Lopes