Oi meninas!
(Primeiro, quero agradecer a todas as leitoras do Patricinha Esperta pelos e-mails e comentários sobre o post passado. Foi realmente muito gratificante e ele foi escrito pensando em vocês, pois muitas vezes aprendemos coisas e nem sempre temos as oportunidades para compartilhar nossos aprendizados. Obrigada a todas vocês por compreenderem e refletirem sobre suas próprias vidas, só assim eu sei que contribui verdadeiramente com vocês.)
Uma grande constante em minha vida é a frase: “Falar é fácil, difícil é fazer!”, e, por incrível que pareça, compreender o significado dela me fez crescer como ser humano, pois percebi que a teoria é sempre mais fácil do que a prática.
Muitas vezes criticamos as pessoas e nem sempre queremos ouvir a verdade a nosso respeito. É mais cômodo apontar defeitos e falhas no próximo do que em si mesma, o que prova o quanto nós, seres humanos, somos despreparados para a verdade e usamos de tantos mecanismos de defesa, que se você não parar para refletir sobre seus comportamentos, você vai acabar magoando e sendo magoada.
É fácil falar para alguém que está acima do peso exatamente o que ela tem que fazer para emagrecer. Difícil é ela conseguir superar todos os traumas, medos, ansiedades e fraquezas que a impedem de atingir o peso ideal. É fácil falar para alguém largar o marido que a maltrata e trai. Difícil é essa pessoa deixar para trás os sonhos e a esperança de que um dia esse marido irá cumprir os votos do casamento e fazê-la feliz.
É fácil fazer promessas, difícil é cumpri-las. É fácil dizer a alguém que a ama. Difícil é amar de verdade. Fácil é fazer planos. Difícil é colocá-los em prática. Fácil é fazer regras e impôr, difícil é segui-las à risca. É fácil dizer a uma mãe como educar seus filhos, difícil é fazer malabarismos para dar conta de tudo. Fácil é você, que está do lado de fora, apontar o caminho. Difícil é para quem está na escuridão enxergar por onde pisa.
Fácil é falar, difícil é fazer!
Com essa frase, aprendi que o melhor que posso fazer é parar de falar e começar a agir. Aprendi que somos todos diferentes uns dos outros, e criticar não vai me levar a lugar nenhum. Aprendi a respeitar a subjetividade de cada um, a amar todos do jeito que são, a aceitar incondicionalmente os defeitos e falhas das pessoas. Aprendi a ter paciência para enfrentar pessoas difíceis e com resistências. Aprendi que não importa o que tenho a falar, e sim o que faço e como faço. Pois não adianta eu falar as regras, se não consigo cumpri-las; não adianta apontar o caminho, se eu mesma não vou por ele. É preciso que eu faça, aja, que seja o exemplo. É preciso não só falar, mas fazer exatamente aquilo que se fala.
E a maior lição de todas: APRENDI A SABER A HORA CERTA DE RECUAR.
Isso, por que por mais que eu aceite o outro da forma como ele é, se essa forma me atinge, me machuca, me desnorteia, me provoca, o que eu posso fazer é simplesmente me afastar, em silêncio, e desejar que essa pessoa perceba o quanto ela é solitária. Não posso obrigar ninguém a abrir os olhos e não vai ser criticando que irei conseguir fazê-la acordar, pois a tendência é que ela erga ainda mais os muros de defesa.
Assim como não dá para obrigar alguém a nos amar, não dá para fazermos alguém enxergar as verdades à força. Aprendi que defesas se quebram e olhos se abrem, mas com amor, compreensão, carinho, aceitação e, acima de tudo, confiança. Aprendi que, para isso, é preciso que eu seja, antes de tudo, autêntica.
E ser autêntica não é fácil; na verdade é um doloroso e longo caminho de auto-descoberta que, no fim, só traz crescimento!
Beijos e bom fim de semana!
Amanda ( [email protected])