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Quem Disse Que Brasileiro Não Gosta de Ler?

A vida inteira ouvi, em tom de afirmação, de dogma, que brasileiro não gosta de ler. E isso, pra uma pessoa completamente viciada em leitura, vinha como uma interrogação, como um susto, porque ler sempre um dos meus maiores prazeres.

Desde que eu me lembre, sempre li muito, sempre devorei livros, o que é fácil de entender quando se sabe que eu sou filha única, que nunca fui de ter muitos amigos (desde pequena eu já era um porre!hahaha) e que, portanto, precisava, ao menos na imaginação, viver  outros mundos, conhecer outras realidades e gastar meu tempo de criança hiper ativa com algo que não me rendesse palmadas como retribuição.

Aqui, cumpre ressaltar, que televisão nunca foi uma opção, porque eu, que sempre fui criativa, imaginativa, achava muito enfadonho receber uma história pronta… Eu queria ler e imaginar, criar aquela história na minha cabeça, com todas as cores e detalhes possíveis.

Como minha mãe trabalhava (ainda trabalha) em uma universidade, em casa sempre teve muitos livros, que, obviamente, não eram infantis, mas que na falta de outros, eu lia… E lia tudo: de bula de remédio a rótulo de shampoo.

Até que isso se tornou um hábito, pelo qual eu só tenho a agradecer, pois os livros foram, em muitos momentos, meus grandes companheiros e são, em grande parte do tempo, minha fonte de aprendizado.

Quando resolvi, num rompante de domingo, disponibilizar livros gratuitamente (lógico!) aqui no Patricinha Esperta, só queria, sem pretensão nenhum, dividir com vocês a minha paixão. NUNCA, nem por um momento, pude imaginar que tantas pessoas iriam se interessar… Mas as pessoas se interessam, e isso eu percebi na primeira semana, quando chegaram centenas de e-mails pedindo cópias dos livros.

O que eu percebi é que as pessoas possuem uma imagem enfadonha e chata do que é, na verdade, um grande prazer. E a culpa disso, em grande parte, é da estrutura escolar que faz da leitura uma obrigação, e, pior, que quer fazer descer goela abaixo livros que, me desculpem os intelectuais, são um grandessíssimo porre.

Os clássicos são bons? Lógico, mas não são  exatamente o tipo de leitura que, aos 10 anos de idade, nos dê um prazer absurdo. Não é. E é aí que está o erro… Para que o hábito se forme, pra que a gente faça todos os dias, tem que ser gostoso…

A leitura tem que causar curiosidade, tem que fazer rir, tem que divertir, pra só depois fazer pensar… É assim que se começa, de leve, porque, como diz uma amiga minha, com força não dá, tem que ir com jeito… E ir com jeito é oferecer algo com que as pessoas se identifiquem, que as ajude de alguma forma, que as divirta, que as toque de alguma maneira, por que aí elas terão um primeiro contato útil, real e divertido.

Não importa quem seja o autor, não importa qual seja o teor do texto, o que importa é que as pessoas comecem a ler, a exercitar o cérebro, porque lendo a gente se conecta muito melhor com nós mesmos e com o mundo que nos cerca. Lendo, a gente fica mais atento, mais curioso, a gente conhece coisas e lugares que talvez não tivesse a oportunidade de conhecer de outras formas.

É lendo que a gente se torna maior, melhor… Por isso, leiam cada vez mais, e sempre que precisarem de um livro é só gritar daí que eu envio de cá!

Boa semana pra vocês!

Beijos

Ju

@JuLopesL / [email protected]

https://www.facebook.com/JuLopesPE

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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