Oi meninas!
Sei que a Ju já falou um tanto sobre traição ( AQUI, AQUI e AQUI ) mas vou falar um pouco mais e dizer o que penso, tá?
As mulheres sempre foram mais românticas e fiéis, mas com as novas conquistas femininas, muita coisa mudou, pois passamos a trabalhar fora, a dividir as contas e as responsabilidades do lar, o que permitiu que nos desprendêssemos da idéia de que necessitamos de um homem para nos proteger, nos sustentar e manter a ordem.
Estatisticamente falando, 90% das pessoas casadas desaprovam as relações extraconjugais, mas uma pesquisa realizada no Brasil indicou que 15% das mulheres e 25% dos maridos já tiveram relações sexuais extraconjugais. Esses números aumentam cerca de 20% quando casos emocionais e relações sexuais sem intercurso são incluídos. Outra pesquisa comprovou que a traição feminina está aumentando: 12% confessaram a pulada de cerca sendo que, há nove anos, o percentual era de 7%.
Os homens ainda continuam traindo, mas hoje está diferente, já que lidam com um probleminha novo: o peso na consciência. Acreditem, meninas, os homens ainda traem, mas se sentem culpados, ressabiados e com medo, pois sabem que a mulher atual é mais determinada e pode muito bem acabar com o relacionamento ou colocar um belo par de chifres neles. E eles estão cada vez mais presentes nos consultórios terapêuticos buscando lidar com o arrependimento, o estresse, a insônia, o medo de que a aventura da noite anterior fique infernizando seu relacionamento e, nos casos mais graves, a perda da libido e impotência.
A explicação pode ser no simples fato de que, agora que tudo é divido e compartilhado igualmente entre marido e mulher, eles se sintam destruindo o vínculo de cumplicidade e lealdade para com a pessoa que divide tudo com eles e os ajudam no dia-a-dia. Somando a isso, ainda existe o medo do abandono e a quebra do vínculo com os filhos.
Muitas pessoas afirmam que o homem é infiel e instintual por natureza e que não há nada que a esposa possa fazer para mantê-lo fiel. Junto a essa teoria, podemos somar inúmeros outros motivos, como por exemplo, estresse, falta de diálogo, vício sexual, fuga, falta de intimidade, relações sexuais desgastadas e escassas e rotina. Diz-se que existem dois tipos de traição: a física, quando envolve apenas o ato sexual e a mental, que inclui apenas paqueras, olhares, cantadas e fantasias.
Essas desculpas ( pois pra mim são meras desculpas! ) servem tanto para homens quanto para mulheres, pois, SIM, existem muitas mulheres que são impulsivas e que traem tanto ou mais que os homens. Mas disseram por aí que, para o homem trair, só precisa de uma mulher e que, para uma mulher trair, só precisa de um motivo.
Isso por que, muitas vezes, a mulher trai por vingança, por se sentir sozinha, carente e necessitada. Só para vocês terem uma idéia, uma em cada três mulheres diz que só enganou o parceiro porque descobriu que havia sido traída e desejava provocar ciúme/ se vingar. Mesmo que, para mim, isso seja só uma desculpa para camuflar a atração física que sentiram/sentem por outros homens.
Atração física e desejo existem para ambos os sexos, mas, para os homens, é uma questão sexual, física e raramente há envolvimento. Como as mulheres são mais sensíveis, é mais fácil haver sentimentos, embora possam existir também mulheres que conseguem separar o emocional do desejo físico, assim como podem haver homens que se envolvem emocionalmente. A verdade, é que, por ser independente, a mulherada está se igualando e dizendo: “Se ele pode, eu posso”.
O problema são as conseqüências de uma traição. O casamento/relacionamento acaba, os filhos ficam divididos, abala a auto-estima e a confiança. É um sofrimento intenso, doloroso, que muitos traídos descrevem como “facadas no coração” ou “como se tivessem arrancado a alma”. Podem ocorrer traumas, provocando isolamentos, depressão, alcoolismo, transtorno do pânico e uma dificuldade em confiar em qualquer pessoa. Para quem trai e se arrepende, os sentimentos são de culpa, arrependimento, ansiedade, insônia e sensação de perda irremediável.
Na minha opinião, não há desculpas para uma traição. Tentações existem em todo lugar e a qualquer hora, mas você pode resistir. Assim como você resiste a um chocolate, uma lasanha ou a comprar aquela roupa maravilhosa porém cara e fora dos seus limites, por que não resistir a um homem ou mulher que te paquere? Acho que algumas horas de diversão não valem o preço de um relacionamento saudável, verdadeiro e cúmplice.
Não sei se é por que sou leonina, possessiva ou romântica ( porém, não idiota), mas tenho um conceito de relacionamento baseado em fidelidade, diálogo, companheirismo e ousadia para não cair na rotina. Não acho certo um homem ou mulher procurar algo fora do casamento, se está ruim, assuma a responsabilidade pelo fracasso e ouse, mude, saia da rotina, invista. É muito mais fácil atribuir fracassos e erros aos outros, mas o certo mesmo é você sempre fazer algo para resgatar os sentimentos que levaram ao casamento (ou ao namoro).
Por que, pra mim, se não é pra ser fiel, então pra que casar ou namorar? Fique solteiro e vire galinha, mas é extrema falta de caráter quebrar um sentimento tão difícil para ser construído, que é a confiança, e magoar alguém que você diz que ama. Se ama, então deveria estar satisfeito com aquela pessoa, aceitar erros, defeitos e cuidar para que ela seja feliz, assim como ela também deve te fazer feliz. E se não está satisfeito, faça terapia de casal. E se não resolver, peça a separação. Mas NUNCA traia.
A traição pode até ser perdoável se for réu primário, mas quando é reincidente, aí não tem mais jeito. Mas acredito também que cada um sabe o que é melhor para si, assim, se, pra mim, manter um casamento após uma traição é quase inimaginável, pode ser que pra você isso seja possível. Afinal, os prós e contras sempre devem ser pensados além, é claro, da capacidade de cada um de perdoar, esquecer e tocar a vida.
Abraços!
Amanda ([email protected])