in

A dor da separação

Oi Meninas!

Ninguém gosta de sentir dor, né? Mas na vida estamos constantemente tendo que lidar com todos os tipos de dores e perdas, sejam elas físicas ou emocionais. Perdemos amigos, empregos, chances, amores e sonhos. Acontece que nós não somos ensinados a lidar com a dor, assim, vamos aprendendo com as experiências, dando a cara a tapa e ficamos ali, tentando encontrar uma forma de superar todo o sofrimento e de resgatar nosso próprio sorriso.

Todo relacionamento é construído diariamente e é também cheio de expectativas, pois costumamos idealizar e criar ilusões sobre o casamento e nosso companheiro. Acontece que, com o tempo e com a convivência, vamos conseguindo ver as coisas com mais clareza, nossas ilusões vão sendo desfeitas e nossas expectativas vão ou não sendo alcançadas. Vão surgindo, então, desentendimentos, mágoas, insatisfações, medos, brigas, incertezas e dúvidas em relação à escolha que fizemos.


Quando a relação já não é satisfatória, quando já não existem sentimentos e quando já se sente que não tem mais para onde correr, talvez seja a hora de pedir a separação. Essa decisão, essa escolha, como todas as outras que fazemos na vida, tem conseqüências e é dolorosa não só para quem é deixado, mas também para quem faz o pedido de separação. Ambos sofrem, são sofrimentos de níveis e graus diferentes, mas que não deixam de ser dolorosos e merecem ser levados em consideração.

Quem é deixado passa por sentimentos de rejeição, abandono e impotência, pois é muito difícil aceitar que já não somos mais amados, que nossa relação já não existe mais. Essa dor é mais intensa quando ainda há amor da parte de quem foi deixado. Mexe com a autoestima, a pessoa se sente desvalorizada, acha que nunca mais vai amar outra pessoa, que a vida acabou e que não conseguirá se reerguer. É, na verdade, um processo de luto semelhante a quem sofre a perda de uma pessoa querida: ocorre negação, barganha, raiva, depressão e, por fim, a aceitação.

Quem opta pela separação também sofre, e sofre antecipadamente. É doloroso para essa pessoa ver que não sente mais nada pela outra quando na verdade queria que tivesse durado para sempre: ela também perdeu um amor, um sonho. Primeiro, a pessoa tenta de tudo, tenta encontrar algum sentimento, alguma forma de ainda manter a relação. Ela fica remoendo por muito tempo a decisão, sofre em silêncio, debate consigo mesma, tentando encontrar meios e formas de superar a falta de desejo e de amor. Mas, no fim, a decisão é feita e ocorre a separação.

É muito doloroso mesmo, mas toda dor passa. Uma hora tem que passar, né? E o melhor remédio para isso é o tempo e o amor-próprio. Nós não podemos obrigar ninguém a nos amar, a ficar do nosso lado e é muito importante também respeitar as decisões do outro e manter a cordialidade, a educação e tentar ser compreensiva, mesmo que, por dentro, estejamos sangrando e enfurecida igual um animal ferido.

Quando um relacionamento chega ao fim, é preciso aceitar e tocar a vida. Sempre haverá novos lugares a ir, novas pessoas a conhecer, outros amores, outros abraços, outros sonhos. Ainda há uma vida inteira para viver, então não dá para perder tempo lamentando o que não deu certo. A ferida vai cicatrizar.

Não é fácil superar, mas é possível. É preciso abrir espaço para a compreensão e não deixar que ressentimentos, raiva e mágoas dominem seu coração. Independente de você ser quem foi deixado ou quem pediu a separação, dê tempo ao tempo e cuide de si mesma. Cuide da alimentação, do corpo, da alma, faça caminhadas, leia, viaje, invista na carreira, faça aquele curso que sempre quis, mude o cabelo, as roupas. Se valorize, vá vivendo a vida e não fique esperando o outro voltar ou esperando um outro amor aparecer. Na hora em que você estiver pronta, a própria vida se encarregará do resto.

Beijos!!!
Amanda Carvalho (amandacarvalho@patricinhaesperta.com.br)

Rate this post

Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

Crianças e adolescentes com o vírus HIV

Câncer bucal