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Saúde: Dores Que Não Podem Ser Ignoradas

Automedicação: Diga Não!

Nós temos a cultura da automedicação, não tem jeito! Para cada dorzinha que sentimos, já temos o remédio “certo”, quase sempre “receitado” pela vizinha, pela irmã, pela mãe, pela tia, pela prima ou por qualquer pessoa que já teve a  “mesma coisa” e usou esse ou aquele remédio. Nessa brincadeira, qualquer dor na barriga passa a ser cólica, qualquer dor de estômago é, com certeza, culpa da pizza e qualquer dor de cabeça é, bom, uma dor chata que surgiu e pode ser combatida com dipirona e cafeína. Nisso, nos entupimos de analgésicos e relaxantes musculares, muitas vezes sem ter a menor noção do que esses remédios podem causar e qual o real efeito deles no nosso organismo.

Alerta!

Toda dor é um aviso, um alerta de que alguma coisa não está funcionando muito bem no organismo, e esse alerta só pode ser interpretado por um médico, porque é ele quem vai poder avaliar o que está causando a dor e o que ela “significa”. Sim, quem avalia isso é o médico, e não você!

Dores Mais Comuns

A dor mais comum, e para a qual todo mundo tem um remedinho na bolsa, é a dor de cabeça. O engraçado é que “escolhemos” o remédio sem sequer questionarmos de onde ela está vindo, o que a está causando ou coisa do tipo. O que importa, a princípio, é que o remédio “funcione”. Só que o remédio pode, ao invés de funcionar, mascarar doenças sérias, e é aí que mora o perigo!

Dores Que Não Podem Ser Ignoradas
Dores Que Não Podem Ser Ignoradas

As causas mais comuns de dor de cabeça são o estresse, os problemas na visão e as alterações hormonais. É por isso, aliás, que  nós, mulheres, sentimos tanta dor de cabeça quando estamos na TPM. Só que a dor de cabeça pode estar relacionada a várias outras coisas, como hipertensão, por exemplo, e o uso de analgésicos não melhora o problema, mas atrasa a ida ao médico, dificulta o disgnóstico e pode complicar a vida.

Outra dor que deixamos “passar” é a abdominal, quase sempre relacionada à cólica. Como imaginamos se tratar de cólica, tomamos o remedinho e “esquecemos”, coisa que já fiz muito, até o dia em que cheguei no hospital carregada e descobri que a minha “cólica” era cálculo renal. Eu sempre tive acesso fácil a remédios, além da cultura de que um remedinho a mais não faz mal, e quando comecei a sentir uma dor lateral, me entupi de Profenid, o que foi mascarando o problema. Aliás, aqui vem outro problema… Eu sempre fui do tipo que, se toma um remédio e não nota os “efeitos”, toma outro vinte minutos depois. Ou seja, eu não sentia mais a dor porque tomava Profenid o tempo todo. Senti tanta dor no dia que fui pro hospital que aprendi a mais nunca tomar remédio sem indicação médica!

Falando em cólica, existe um mito de que elas são “normais”, só que, dependendo da intensidade, isso é irreal e pode ser sintoma de várias doenças, inclusive da endometriose. Dor nunca é normal, e, justamente por isso, deve ser investigada por um médico.

Dores de cabeça
Dores de cabeça

A dor nas costas ( e também no pescoço)  também é vista como uma dor “menor”, provavelmente resultante da más postura. Pode sim ser realmente a má postura, como pode ser fruto do esforço físico ou de um exercício mal feito, mas pode, também, esconder problemas bem mais sérios. Na dúvida, procure um médico, sobretudo se a dor não passar. Assim como a dor nas costas, a dor nas pernas também é subestimada. Acreditamos ser, sempre, culpa do sedentarismo, dos vasinhos ou mesmo das varizes, mas ela pode ser causada por problemas circulatórios graves e doenças como osteomielite, artrose, diabetes e hipotireoidismo, por exemplo.

Relegada  a “segundo plano”, a dor de garganta  já tem “receita” certa e parece ser causada sempre pela “mudança do tempo”, pelo chuvisco do final da tarde ou pelo ar-condicionado, mas pode, inclusive, ser um tumor no pescoço, que de “segundo plano” não tem nada! No mais, mesmo que seja uma amigdalite viral, precisa ser tratada corretamente, já que pode se transformar em amigdalite bacteriana, que, em alguns casos, só é curada com cirurgia.

Existe também a tal da dor generalizada, que a gente não sabe bem onde termina e onde começa, mas sente doer  o corpo todo. Quando isso acontece, o primeiro impulso é achar que é “gripe” ou dengue, mas pode ser de fibromialgia a problemas emocionais não identificados. A fibromialgia é caracterizada por dores generalizadas sem motivo aparente, e são muitos os problemas emocionais, como depressão e ansiedade, que causam dores no corpo inteiro, levando a uma constante sensação de mal-estar.

Cólica menstrual
Cólica menstrual

Ajuda Médica

Ao menor sinal de qualquer uma dessas dores, procure um médico. É muito importante ter, mesmo que mentalmente, um “inventário” da dor, com o dia em que você a sentiu pela primeira vez, em quais dias ela costuma atacar, quantas vezes por semana ou por mês,  em quais horários ela normalmente surge e quanto tempo ela dura. Explique, também, como é a dor, se é constante ou se vai e vem, se vem como pontadas, se parece uma “queimação” ou um formigamento, se é de um só lado, onde começa, onde termina, se irradia pra algum outro lugar, se algo faz com que ela piore, com que fique mais intensa, ou, ao contrário, se faz com que ela melhore. É bom lembrar em que período do ciclo menstrual ela costuma aparecer, bem como fatos que ocorreram no dia, como, por exemplo, uma comida diferente, mais sol do que o normal ou mais exercício que o de costume.

Observe, ainda, se outros sintomas apareceram junto com a dor, como mudanças no sono, alterações no paladar, falta de apetite, tonturas, enjoos, febre ou coisas do tipo.

Dependendo da dor, o médico vai solicitar alguns exames, e é muito importante, mesmo que ela “passe”, que você se submeta a esses exames e mostre-os ao médico para que ele possa avaliar quais são as possíveis causas e qual o medicamento indicado.

Ou seja, não dá pra brincar, não é mesmo?

Beijos

Ju Lopes

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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