Cada vez mais pessoas vêm tendo problemas para dormir, e isso está relacionado a vários fatores, podendo, inclusive, ser deficiência da melatonina, que é o hormônio do sono, dentre outras coisas.
Pra combater o problema estão criando outro problema: o uso exagerado de remédios pra dormir.
Claro que em alguns casos eles são indispensáveis, mas em outros pode-se tentar alternativas naturais, que têm se mostrado muito eficientes.
Um bom exemplo disso é a valeriana, que possui ação sedante e antiespasmódica. O efeito sedativo da valeriana vem sendo estudo há bastante tempo, e embora mostre uma potência inferior a dos benzodiazepínicos e similares, é certo que a raiz da valeriana é uma importante indutora do sono, sobretudo em pacientes que não fizeram uso de remédios para dormir.
Os ativos presentes na valeriana age como um modulador do sono, e ainda reduz os níveis de 5-OH-triptamina e noradrenalina no cérebro.
Quando administrada em dosagem que varia de 450 a 900 mg, a valeriana demonstrou uma boa redução no tempo requerido para dormir em relação ao grupo que recebeu placebo, bem como um sono mais tranquilo, com menos movimento e menos cansaço ao acordar.
Dessa forma, a valeriana vem sendo bastante indicada para tratar a ansiedade, a insônia, a irritabilidade, mas também a taquicardia, a hipertensão arterial, as crises de dor de cabeça, o stress, a asma, espasmos de origem nervosa, espasmos intestinais e vários outros problemas.
A posologia indicada do extrato seco varia de 300 a 1200 mg ao dia, mas ela não é de uso livre, sendo, aliás, contra indicada em diversos casos.
Os efeitos colaterais mais importantes são observados quando a pessoa toma mais de 5 gramas diariamente, o que é uma dose muito elevada, ou quando o uso se prolonga por muito tempo. Dentre os efeitos, os mais importantes são a cefaleia, a diarreia, as vertigens e a depressão central, mas esses sintomas desaparecem com o fim do tratamento.
Seu consumo prolongado não é indicado, vez que pode causar dependência psíquica, então a recomendação é que ela seja prescrita de forma descontinua. Assim, logo no início a pessoa toma a valeriana por 10 dias seguidos, depois para por 20 dias e caso seja necessário começa novamente.
A valeriana não é indicada para consumo durante a gestação, a lactação, bem como não é indicada para crianças menores de três anos.
Não deve, ainda, ser consumida em conjunto com qualquer outro depressor do sistema nervoso central, vez que o efeito acaba sendo potencializado.
É recomendada, ainda, a não administração em pessoas que tenham hipersensibilidade ao óleo essencial da valeriana ou a qualquer outro óleo essencial.
Durante o seu consumo, não se pode fazer uso de bebidas alcoólicas, e pacientes como comprometimento hepático não devem fazer uso da substância, sob o risco de hepatotoxicidade.
É possível encontrar a valeriana em forma de drágeas, como o ValeriMed, por exemplo, que é vendido em farmácias, mas dá também pra manipular em farmácias de manipulação. O preço costuma ser baixo e a receita médica não é necessária, mas todo e qualquer medicamento só deve ser usado com o conhecimento do seu médico.