Kemilly Bertini
Acompanhe a saga da mulher que topou o desafio de ficar 30 dias sem retirar a maquiagem. Descubra o que este ato condenável pode causar na pele a longo prazo e mude atitude já!
Matérias, posts, propagandas e tutoriais são publicados a cada dia com intuito de alertar mulheres sobre os perigos de não se retirar os produtos de maquiagem todos os dias. Apesar do grande perigo muitas delas ainda continuam a não dar a importância devida à este fato irrevogável. Vamos a pergunta que não quer calar: você se preocupa com sua pele a ponto de não dormir sem retirar a maquiagem? Consegue visualizar os prejuízos a longo prazo?
Podem pensar que retirar a maquiagem diariamente é muito fácil, e realmente é, em se tratando de dias comuns. O problema está quando se chega super cansada daquela festa, quando o sono fala mais alto ou nas situações onde a energia não é suficiente para levantar do sofá. Saiba que você não está sozinha nessa empreitada, um levantamento recente revelou que boa parte do público feminino dorme com maquiagem mesmo sabendo os riscos que esse hábito causa na pele, entre os mais conhecidos, estão a pele ressecada, manchas e queda de cílios. Muitas mulheres confessaram dormir sem retirar a maquiagem ao menos duas vezes por semana, o que é uma afirmação um tanto quanto assustadora. Isso prova que se as mulheres realmente medissem as consequências desse ato, não cometeriam tais hábitos condenáveis como obstruir os poros com cosméticos.
Para acabar de uma ver por todas com os questionamentos, mitos e verdades que rondam o assunto, uma repórter do site Daily Mail aceitou o desafio de se submeter à um teste onde ela ficou, não só alguns dias, mas um mês sem retirar a maquiagem. A rotina seria idêntica à que ela vivia todos os dias, se maquiava pela manhã e à noite não poderia retirar os resquícios da pele com produtos de limpeza, somente água era permitido.
A mulher que serviu de cobaia para esta experiência relata que não importa o quanto está cansada, quantos afazeres ela ainda tem na lista do dia, incluindo duas crianças pequenas e serviços domésticos. Nada a impedia de remover os produtos diariamente por que ela classifica este hábito como uma prioridade. Ela explica que este teste não tem nenhum cunho publicitário, não se trata de alarmismo, mas sim de uma realidade na qual poucas tem se conscientizado.
A proposta é lavar se maquiar todas as manhãs, dormir e fazer uma lavagem superficial no chuveiro todas as manhãs. Depois ela teria de reaplicar todo o make novamente, em cima daqueles que não foram totalmente retirados e assim repetir o processo por um mês.
Avaliação da pele
Antes de começar a experiência ela se submeteu a exames específicos e profundos a fim de medir as alterações que ocorreriam na pele nesse tempo. Especialistas analisaram a fundo a pele com ajuda de uma câmera 3D que mostra até a alma da pessoa, é possível ver manchas, pigmentação, poros dilatados, rugas e a testes de nível de hidratação da pele. Após identificar as características da pele da repórter elas foram comparadas com mulheres da mesma idade, na faixa dos 40 anos para se certificar de que se tratava de uma pele que se encaixava nos requisitos dessa idade.
Após os exames ela deu início à rotina experimental e teve de se segurar para não lavar o rosto com os cremes habituais. Ela conta que nos dias quentes a sensação de sujeira na pele era terrível e por isso a vontade de lavar e hidratar o rosto era ainda maior. Ao acordar os primeiros indícios do hábito maléfico ficavam gravados na fronha do travesseiro, os resquícios tomavam conta do tecido. Já no rosto, foram os olhos que demonstraram os primeiros sinais, muita coceira e cílios endurecidos com a máscara que já estava lá há muito tempo, pareciam que estavam insolúveis.
“Já na terceira noite comecei sentir diferença na cútis que estava ressecada e firme, parecia mais uma máscara do que uma pele normal. Ao redor dos cílios haviam grande quantidade de cistos brancos. Meus amigos comentavam que eu estava com o semblante abatido a aparência cansada”, afirma a cobaia.
Com o tempo mudanças drásticas começaram a acontecer, ao analisar a pele de perto com ajuda de um espelho, ela notou que a superfície já não era mais uniforme, a forma era irregular, semelhante a uma parede mal rebocada. Segundo ela, a pele na qual tinha grande amor, se comparava a uma terra seca.
Prejuízos causados pelos produtos
Na tentativa desesperadora de garantir o mínimo de hidratação à pele, ela aplicava um creme por cima do rosto maquiado, mas isso não ajudou nada, a não ser a manchar mais a fronha. Afinal, com os poros obstruídos a pele não consegue absorver os nutrientes do hidratante ou qualquer outro produto que fosse aplicado.
A situação foi ficando complicada com os cílios, por mais que a água removesse o excesso de máscara de cílios, nada se compara a um demaquilante de olhos, por isso aplicar novas camadas de rímel todas as manhãs estava se tornando um grande desafio. A tentativa de retirar a máscara, a repórter começou a puxar os cílios, tufos de pestanas e produtos saiam, a situação estava preocupante.
Na manhã por volta do 10º dia, o olho esquerdo não acordou bem, ela ficou assustada com o quanto ele estava inchado e abri-lo não era tarefa fácil. Para que não houvesse problema o oftalmologista me recomendou ficar 48h sem utilizar produto nos olhos para que não houvessem maiores problemas.
Com o fim do experimento se aproximando, outros indícios foram aparecendo, lábios ressequidos, pele em volta da boca rachada e dolorida demonstravam o quão afetada que estava. Neste período ela já se sentia suja e muito cansada, um grande sentimento de aversão tomava conta dela, rímel era um produto que ela não queria ver tão cedo. Com isso o medo veio à tona e ela estava preocupada com os prejuízos que poderia ter causado à pele ao participar desse teste, talvez alguns danos fossem irreversíveis.
Seu nariz estava tomado por cravos, os poros dilatados estavam por toda a superfície. Além disso, a pele dos lábios estava ressecada, as bochechas e pálpebras avermelhadas e uma espécie de caspa se alastrou pela região dos cílios. Ao chegar no fim do processo, ela se submeteu novamente aos exames com câmera 3D que tinha o objetivo de comparar o antes e depois e analisar profundamente os prejuízos causados ao rosto como um todo.
Resultados comprovados
Os exames comprovaram o que nós já estávamos cansadas de saber, ressecamento à flor da pele. Os resultados não foram iguais para todo o rosto, algumas áreas sofreram mais agressões do que outras, a textura piorou cerca de 10%, em algumas áreas como testa e no lado direito. Já o lado esquerdo apesentou números ainda maiores, 20% pior, o médico explicou que isso aconteceu porque ela dorme sempre do lado esquerdo. Esta reação nos leva a crer que o lado que dormimos é mais prejudicado.
Marcas de expressão
As rugas não foram tão afetadas quanto às outras áreas, mas elas se tornaram ainda mais profundas e pronunciadas em ambos os lados. “A minha pele é seca então o risco de rugas é ainda mais eminente por conta da falta de elasticidade que há nesse tipo de pele, as rugas são mais proeminentes, principalmente na testa”.
Fatores externos como poluição, fumaça agravam ainda mais a situação quando unidas a maquiagem, isso causa um efeito conhecido como estresse oxidativo, onde a pele é atacada por radicais livres nocivos. Os radicais livres causam danos na estrutura celular da pele, diminuem a produção de colágeno.
Conclusão de especialista
Ao analisar o estado da pele com a qual ela iniciou o teste e que possuía ao terminar, chegaram à conclusão de que a pele tinha envelhecido cerca de uma década pela falta de limpeza e retirada dos cosméticos. Dormir com maquiagem tornou a pele de Anna avermelhada e extremamente ressecada.
Ela conta que o que agora o que ela vê no espelho não é exagero ou ilusão, é o resultados de uma pele mal cuidada, tudo isso por conta de um desleixo impensado. O medo é inerente à situação, ao aceitar participar da experiência ela corria o risco de ficar com a aparência prejudicada para sempre, mas o dermatologista a tranquilizou, até aquele ponto era possível resgatar a pele. O problema ficaria ainda pior se o hábito condenável tivesse continuidade.
Ele alerta para o problema causado pelo acúmulo de poluentes ambientais, este influenciam a produção dos maiores inimigos de uma pele boa e saudável, os radicais livres. A função principal deles é minar o colágeno e a elastina presentes nas estruturas que sustentam uma pele jovem. Já que eles agem com mais intensidade conforme a idade vai chegando, não faz sentindo ajudar os radicais livres a fazerem todo o trabalho mais rápido e acelerar o envelhecimento do tecido.
Depois desse relato da vida real, não restam dúvidas de que um dia aqui e outro ali sem limpar o rosto, vão acumulando uma série de prejuízos que podem começar a aparecer a qualquer momento com maior intensidade. Como é sempre melhor prevenir do que remediar, priorize a limpeza da sua pele todos os dias, não importa o quão cansada ou ocupada você esteja, lembre-se da foto de Anna e tome novas atitudes!
