Manchas…Quem não tem? Acho difícil encontrar alguém, que já tenha passado dos 30, sem manchas. E, essas manchas, que parecem tão “sem importância”, afetam bastante a auto estima da mulher, independente do tamanho, da cor e da localização. Se é mancha, ninguém gosta!
Como se sabe, a hiperpigmentação (mancha) é uma discromia resultante da produção excessiva de melanina, o que gera, numa região delimitada, uma coloração de tom mais escuro que o tom normal da pele. Essa hiperpigmentação pode ter várias causas, como uso de certos medicamentos, uso de anticoncepcionais, alterações hormonais, fatores genéticos, fatores endócrinos e, principalmente, pela exposição solar.
São muitos os ativos utilizados para tratar esse tipo de problema e deixar a pele livre das manchas, mas o ideal é procurar substâncias que sejam eficazes e provoquem o mínimo possível de alterações adversas.
Um desses ativos é o ácido fítico, que é obtido do farelo do arroz, da gérmen de trigo e da aveia, que possui ação inibitória sobre a tirosinase, que é uma enzima que participa da produção dos pigmentos de melanina (aqueles que dão “cor” a pele), sendo, por isso, considerado um eficaz despigmentante.
Além de despigmentante (clareador), o ácido fítico possui ação anti-inflamatória, hidratante e antioxidante, combatendo os radicais livres que causam o envelhecimento.
De modo geral, é utilizada para clarear manchas hipercrômicas, e também associado ao ácido glicóligo em fórmulas despigmentantes, bem como anti-inflamatório no pós peeling.
Seu potencial clareador é grande, tanto pela inibição da tirosinase quanto por ser um bom quelante de cobre e de ferro.
O interessante é que, mesmo senso um potente clareador, pode ser utilizado em peles hiper sensíveis, em meninas bem branquinhas ou em peles que passaram por agressões que a sensibilizaram, já que ele possui um poder hidratante também potente.
Vem sendo tão bem tolerada que é a aposta na substituição da hidroquinona, substância famosa no tratamento de manchas que também inibe a tirosinase. Acontece que a hidroquinona é citotóxica e pode causar lesões irreversíveis (lesões em confetes ou acomia residual pela hidroquinona ) quando usadas por mais de 20 dias em concentrações maiores que 2%. Além disso, a hidroquinona possui diversos efeitos colaterais, como a fotosensibilidade e a irritação cutânea, por exemplo.
A posologia indicada é de 0,5 a 2%, podendo ser usado sozinho ou em conjunto com outros ácidos, como o ácido glicólico, por exemplo.
As únicas contra indicações dizem respeito aos ferimentos abertos, claro, já que é um ácido, e ao período pós-peeling, quando o uso deve ser suspenso por, em média, 12 dias, que é a chamada primeira fase do pós-peeling.
Todo mundo sabe que eu AMO o ácido retinóico, que é meu queridinho há anos, mas, de fato, o ácido fítico é uma boa opção para quem tem manchas, para meninas de pele sensível e pra quem não reage bem ao ácido retinóico, que é mais agressivo, por exemplo.
Claro que o uso desse ácido deve ser feito com indicação e acompanhamento de um dermatologista, porque né, ácido é ácido e a gente tem que ter cuidado!
Beijos
Ju Lopes