Tenho recebido tantos e-mails de leitoras grávidas que estou começando achar que gravidez agora é virose, está “pegando” todo mundo!
O engraçado é que as dúvidas são sempre as mesmas, e dizem respeito as alterações que ocorrem na pele, nas unhas, nos seios e nos cabelos durante a gestação.
Como são muitas dúvidas, cada uma será tratada em um post específico, tá?
Vou começar com as alterações cutâneas, que é algo que assombra demais as mulheres e são causadas, em grande parte, por fatores metabólicos, hormonais e imunológicos.
O principal problema aqui é a tal da hiperpigmentação, popularmente chamadas de manchas da gravidez.
A hiperpigmentação, que pode ocorrer com qualquer pessoa, em qualquer idade ou fase da vida, é uma alteração fisiológica que atinge no mínimo 90% das mulheres durante o período gestacional, sendo mais comum nas mulheres morenas e negras.
De modo geral, à medida que a gestação “avança”, as manchas pioram, e após o parto elas tendem a melhorar. Não se sabe ao certo as razões para que isso aconteça, mas é fato que os hormônios influenciam muito nesse processo.
Mas, como identificar a hiperpigmentação? Fácil! Algumas áreas, sobretudo as que já são normalmente mais escuras, como os mamilos, axilas e interior da coxa, por exemplo, ficam ainda mais escuros, com formação de uma linha castanha, conhecida como linha nigra, ao longo do abdome, presença de melasmas (cloasmas), que atingem até 50% das gestantes, pigmentação de cicatrizes, escurecimento de sardas, escurecimento de pintas e hiperpigmentação generalizada.
É normal notar que várias partes do corpo e do rosto escurecem, sobretudo o nariz, o queixo e o pescoço, mas isso geralmente está relacionado com questões genéticas. Uma ressalva importante e que deve ser feita é que quem já tem melasmas ou tem tendência a ter, ele vai piorar, e muito, lá para o sexto mês da gestação.
Além das manchas, é comum o surgimento de acne durante o período gestacional, vez que a pele fica muito mais oleosa por causa do excesso de estrógeno presente no organismo da mulher.
Em muitos casos ocorre, ainda, a hipertrofia das glândulas sebáceas areolares, que tende a reverter após o parto.
Além disso, a pele fica muito mais sensível, e por isso é preciso muito cuidado com produtos cosméticos, já que os corantes, fragrâncias e conservantes podem causar irritações e alergias.
Para evitar problemas é importante seguir algumas regras, que incluem:
1- Uso de filtro solar (FPS 40, no mínimo!) todos os dias, com as reaplicações necessárias.
2- Evitar a exposição solar, sobretudo nos horários de “risco”, entre 10 da manhã e 4 da tarde. Caso vá se expor ao sol nesses horários (não deve!), filtro solar e chapéus são essenciais.
3- Mantenha a pele devidamente hidratada com produtos recomendados e autorizados pelo seu médico de confiança. Isso é MUITO importante, pois são vários os ativos que as gestantes não podem usar, já que alguns podem ser absorvidos pelo sangue e, consequentemente, “passar” para o feto.
4- Esquecer a existência de laser e peelings.
No próximo post a gente conversa as estrias na gestação (AQUI), tá?
Beijos
Ju Lopes