Oi meninas!
Com a revolução da sociedade, as mulheres passaram a trabalhar fora e a assumir inúmeros papéis, sendo cobradas a tal ponto que exigem perfeição em todas as áreas: ter uma casa impecável, uma carreira bem-sucedida, investir em estudos e aperfeiçoamentos e ainda dar conta do marido e dos filhos. E ai que, no meio de tudo isso, raramente sobra tempo para cuidar de si mesma, o que acarreta sobrecarga, estresse e insatisfação.
É claro que trabalhar, ter uma carreira bem-sucedida e ser independente é uma maravilha, mas será que você não está focando apenas na carreira e esquecendo das outras áreas da sua vida? Será que você consegue saber a hora de parar de trabalhar? Se você passa horas e horas em função do trabalho, cuidado, você pode estar prestes a se tornar ou pode ser uma workaholic.
Workaholic é uma palavra em inglês que representa o vício em trabalho e, assim como todos os outros vícios, é regido pela compulsão e pela necessidade de compensar os outros problemas. Assim, a pessoa viciada em trabalho o usa como meio de fuga. Quando ela se dedica muito ao trabalho, passa a ver resultados financeiros e reconhecimento, que reforçam a compulsão e que, se não houver limites, faz com que a pessoa não sinta prazer em mais nada, somente no trabalho.
Já as Worklovers são as pessoas que não são viciadas, ou seja, não fazem isso para compensar algo, mas que trabalham muito por simplesmente amar o que fazem. Ainda assim, elas apresentem sintomas de quem sempre ultrapassa os limites, como dormir poucas horas por noite ou virar a noite trabalhando, nunca tiram férias e quando tiram ficam o tempo todo usando o telefone ou a internet para se inteirarem do que está acontecendo no trabalho, não tem tempo para si, para fazer academia, ir ao salão, ler um livro ou simplesmente curtir os filhos e o marido.
É preciso aprender que a felicidade se faz com equilíbrio, por isso, não adianta nada ter uma carreira bem-sucedida se você está sofrendo de estresse por estar muito sobrecarregada, se não está tendo tempo para os filhos nem para o marido, e muito menos para si mesma. É imprescindível que você aprenda a dividir seu tempo, se organizar e valorizar a sua saúde física e mental, buscando o equilíbrio. Quando tudo está em ordem, as coisas vão acontecendo naturalmente.
É preciso também deixar o perfeccionismo de lado e compreender que haverão erros e falhas, e isso não significa que você é pior que as outras pessoas, nem menos determinada, menos inteligente, menos trabalhadora e nem menos capaz. Todo mundo tem defeitos e ser perfeita no trabalho não vai te fazer ter uma vida perfeita: isso não existe. Por isso, não coloque sua vida pessoal em segundo plano, nem fique adiando você em função do trabalho. Felicidade é harmonia!
Se você perceber que está ultrapassando os limites e que está te afetando, procure ajuda de um terapeuta! Estresse acarreta tantos problemas de saúde, que o melhor mesmo é se cuidar, aprender a valorizar seu tempo, seu corpo, sua alma e encontrar o equilíbrio. Só assim você vai realmente poder ser feliz por completo.
Eu li uma reportagem na revista Claudia que fala sobre mulheres que buscam ser perfeitas e que traz depoimentos de leitoras. Vou colocar alguns aqui:
“Não sei negar trabalho e já fiz várias loucuras para dar conta de tudo. Tenho uma empresa de animação de festas infantis, sou coordenadora da equipe de promoção de uma outra empresa, promoter de baladas e ainda atuo como modelo, emendando um trabalho no outro, o que me permite dormir só algumas horas por noite e faz com que os fins de semana não existam. Já fiquei sem dormir por cinco dias direto, quase sem comer nada, porque não dava tempo. Passei muito mal, tive uma hemorragia horrível (devido ao stress e ao cansaço) e fiquei sem conseguir sair da cama por três dias. Mas no final tudo ficou bem e logo eu estava lá, recuperando o tempo que perdi nessa brincadeira para colocar o trabalho em ordem de novo!” Raquel Oliveira, 26 anos, organizadora de festas, de São Paulo
“No banco em que eu trabalhava, dependia muito da minha equipe. Então, acabava assumindo as tarefas dos colegas para agilizar o processo. Tinha medo de cometer erros, vivia revendo os mínimos detalhes. Me alimentava à base de lanches e não tinha horário para sair. Dividia minhas noites entre aulas de línguas, psicoterapia e balé. Depois de um ano, enfrentei uma rouquidão crônica, fui perdendo a voz. Passei por uma cirurgia para retirar um nódulo e vários microcistos. Foi o suficiente para aprender a exigir menos de mim. Mudei de sessão no banco, troquei de casa, ganhei um cachorro, voltei a namorar e me sinto mais feliz.” Cintia Diniz, 31 anos, de Mairiporã (SP)
“Sem controlar minha ansiedade, ficava até duas horas da manhã trabalhando para cumprir prazos apertados com o máximo de perfeccionismo. Me dei conta do absurdo que estava fazendo quando um cliente me perguntou: “Você não tem filhos, né? Porque a hora que você envia e-mails é de quem não tem”. Não tenho mesmo, acho que não encontrei tempo para eles. Mas levei um susto com a frase e aí comecei a pensar todos os dias que, se morresse em função do trabalho, meus clientes nem iriam ao meu enterro, mandariam alguém representando. Aquilo foi crescendo na minha cabeça e achei que estava surtada. Uma manhã, acordei e, sem pensar, chamei um concorrente que respeito muito e perguntei: “você quer meus clientes? Estou voltando para minha família no sul”. Teresa Cristina Machado, 44 anos, jornalista, Brasília (DF)
“Sou viciada em trabalho e o meu é do tipo que acaba envolvendo demais. Como meus pacientes têm problemas emocionais, se tiver alguém precisando de atendimento, me disponho a qualquer hora. Tenho três celulares para garantir que consigam falar comigo quando precisarem. O espaço entre dois pacientes é de, no máximo, 15 minutos. Brinco que como um Buda de manhã para parecer zen, porque não tem nada de tranqüilo nessa atividade. Sou tão louca que nem vejo a hora passar, só percebo que são onze da noite quando chego em casa e vejo a cara amarrada do meu marido. Já tivemos várias conversas sobre meu exagero, mas ele sabe que mudar de profissão ou diminuir meu ritmo é lutar contra minha natureza, pois o trabalho me alimenta.” Raquel Adam, 45 anos, acupunturista, de São Paulo
Fonte: Revista Cláudia acesso AQUI.
Meninas, SE CUIDEM!!!!!
Beijos
Amanda (amandacarvalho@patricinhaesperta.com.br)