Hoje pela manhã estive com dois médicos, gineco e endocrino, e gostei bastante de tudo o que a endocrino falou.
Eu sempre fico meio zangada com os endocrinos, porque acho que eles vivem de ilusão…Sim, é uma ilusão pegar, por exemplo, uma pessoa que pesa 100 kg, que come muito, passar uma dieta “de luz” e achar que a pessoa, do nada, vai começar a fazer fotossíntese pra sobreviver…
Porque, sinceramente, é isso que eles propõem… Não entra na minha cabeça que, do dia para a noite, uma pessoa que sempre comeu muito passe a comer 10 vezes menos sem nenhum tipo de ajuda…
É preciso força de vontade? Lógico, sem isso NADA acontece, mas não é só isso, porque a obesidade é uma doença e precisa ser tratada como tal, não como “falta de vergonha na cara”.
Procurei essa médica porque mesmo me aceitando exatamente como sou, não descuido da saúde, gosto de controlar tudo direitinho, saber como anda o colesterol, a glicose, a tireoide, essas coisas.
Daí nós começamos a conversar e ela falou que raramente passa, de imediato, uma dieta restritiva, porque sabe que a pessoa não vai seguir.
Pra ela, o ideal é que o tratamento da obesidade seja também um tratamento psicológico, e eu super concordo com isso.
Quem é mais gordinho, na maioria das vezes, é extremamente ansioso, e isso não há dieta que dê jeito.
Remédio ajuda? Lógico que sim, mas não é tudo.
O tratamento psicológico vai agir na causa do problema, ao contrário da dieta e dos remédios, que tratam somente os sintomas.
E, por melhor que seja a dieta ou os remédios, por mais que as pessoas emagreçam com essa dupla, é muito raro que o resultado seja permanente, porque quando a angústia, a tensão, a tristeza ou a ansiedade baterem na porta, é lógico que a primeira reação será se jogar com força nas comidinhas.
Com base nisso, o que eu sugiro para as meninas que desejam emagrecer, é que procurem sim um endocrinologista, mas que não esqueçam a parte psicológica, pois ela é fundamental para o sucesso do tratamento a longo prazo.
Beijos
Ju
julianalopes@patricinhaesperta.com.br