Dor nos rins, quem já teve sabe!
Aumentou o número de pessoas com doenças renais crônicas, aquelas que dependem da hemodiálise, ou seja, do uso de uma máquina que filtra o sangue para sobreviver. Enquanto em 2000, eram 46.547 os pacientes cujos rins perderam a capacidade de realizar funções básicas, em 2010 esse número foi superior a 92 mil, uma elevação de 97%. Mais grave do que a multiplicação de casos, porém, é o crescimento do índice de mortes.
Em dez anos, o número de óbitos cresceu 135%. Proporcionalmente, aumentou o número de pacientes que entram em diálise no País. Mas o mais preocupante é o aumento do número dos que morrem durante o tratamento. Enquanto em 2000 cerca de 15% ou 7 mil dos pacientes em hemodiálise morreram, em 2010 foram 18%, ou 16,5 mil.
O que aumenta essa proporção de óbitos, é a falta de conhecimento, falta de oportunidades médicas e a falta da medida de prevenção. E geralmente o paciente chega com a doença em fase muito avançada. O diagnóstico não é feito de forma precoce, o que gera uma série de complicações. Muitos nunca passaram por um especialista e não tiveram serviços de atendimento básico. E quando o paciente vai para a diálise, ele já está bastante debilitado.
Mas no Brasil, a situação ainda é caótica. Não há suporte suficiente com relação a profissionais e medicamentos, que são de alto custo. A campanha de transplante é deficitária e o paciente pode aguardar durante anos por um órgão num tratamento doloroso como é a diálise. Apenas cerca de 350 dos mais de 5,5 mil municípios possuem nefrologista. Além disso, não há centros de diálise suficientes e mais da metade dos equipamentos estão com mais de 6 anos de uso, no fim de sua vida útil.
Os pacientes também sofrem com a falta de leitos em casos de internação. As clínicas que realizam a hemodiálise têm que lidar com o atraso em receber do SUS pelo procedimento. O pagamento demora cerca de 60 dias para chegar e não acompanha os índices de reajuste.
A situação dos pacientes renais é ainda mais preocupante com o envelhecimento da população. Pois o paciente que já entra com uma certa idade na diálise e não consegue transplante tem mais chance de falecer. O Governo precisaria investir mais na saúde básica para controlar hipertensão e diabetes. Prevenir é importantíssimo.
Exames simples, como o de sangue ou de urina, ajudariam no diagnóstico precoce da doença renal, que é silenciosa. Se descoberto a tempo, o problema pode ser tratado com dieta alimentar correta e medicamentos, sem que o paciente precise de hemodiálise ou em casos mais extremos, de transplante.
Hipertensos, diabéticos, idosos e pessoas com histórico familiar de doença renal, são os principais grupos de risco de terem os rins paralisados. Todos os pacientes ou não, devem tomar o máximo de água todos os dias e evitar comer muita carne. Às vezes, a dor nos rins pode levar a perda do órgão por destruição obstrutiva ou até mesmo infecção. Uma dica para quem sofre com a doença, é a utilização do extrato de copaíba, pois possui capacidade de desintegrar as pedras nos rins sem a utilização de métodos invasivos.
Meninas, vamos tomar bastante água, né?
Fonte: Folha Universal.
http://www.folhauniversal.com.br/seucorpo/noticias/crise_de_rins-7083.html