Quais as Causas do Refluxo?
Existem vários fatores de risco para o refluxo e são muitas as coisas que podem favorecer ou piorar o quadro, como obesidade, hérnia hiatal, esclerodermia, uso de álcool, uso de cigarro e até a gravidez.
A alimentação é considerada um fator chave nos casos de refluxo, e coisas como alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, café, guaraná, mate, chá preto, alimentos ácidos, molho de tomate, bebidas gasosas, alimentos que contenham cafeína e refrigerantes, todos eles, devem ser evitados.
A obesidade é um problema porque os pacientes obesos geralmente possuem a pressão abdominal aumentada, comem muito e tendem a se sentar ou se deitar depois, o que facilita o aparecimento do refluxo, tanto que, via de regra, quando esses pacientes emagrecem o refluxo tende a desaparecer.
Outro fator que facilita o surgimento do refluxo é o uso de roupas apertadas, que aumentam a pressão intra-abdominal.
Como Se Faz O Diagnóstico?
Habitualmente, o primeiro exame a ser feito quando há suspeitas de refluxo é a endoscopia digestiva, que ajuda a verificar se há inflamação no esôfago, hérnia de hiato ou outros problemas.
Contudo, o melhor método de detecção é a análise do pH do trato digestivo, que é feito através de um exame chamado pHmetria. A pHmetria é um exame no qual uma sonda bem fininha e repleta de micro sensores é introduzida dentro do nariz e locada no esôfago, onde mostra, eletronicamente, o que está acontecendo lá dentro. Ao mesmo tempo, o paciente vai relatando e registrando tudo o que fez e sentiu enquanto essa sonda esteve dentro do seu organismo para possibilitar a análise comparativa dos dados.
A parte ruim é que a pessoa fica com a sonda por 24 horas, o que pode não ser lá muito confortável!
Como Tratar?
O tratamento pode ser clínico, que é o mais comum, endoscópico ou cirúrgico.
O tratamento clínico é feito com medicamentos que reduzem a produção de ácido pelo estômago e que auxiliam na motilidade do esôfago. Além disso, o paciente precisa perder peso, fazer atividade física, evitar determinados alimentos e mudar alguns hábitos de vida.
Os medicamentos que são mais utilizados são os antiácidos, que reduzem a acidez estomacal, e os antiácidos sistêmicos, que atuam inibindo a produção de ácido pelas células estomacais. Há ainda os pró-cinéticos, que facilitam o esvaziamento do estômago para o intestino, o que reduz a capacidade de refluir.
Caso o paciente siga as recomendações médicas (para sempre!), as chances de melhora são enormes, mas o tratamento clínico, apesar de combater os sintomas, não muda o refluxo nem a hérnia hiatal.
Não se pode esquecer que em caso de excesso de peso e obesidade é preciso perder peso, pois em muitos casos só isso já resolve o problema. Além disso, nada de comer pouco tempo antes de ir deitar, já que isso propicia o refluxo. Deve-se evitar, também, tomar café e remédios estando de estômago vazio, ingerir muito líquido durante as refeições, ingerir líquidos e alimentos muito quentes, assim como bebidas alcoólicas.
No próximo post (AQUI), falo sobre o tratamento cirúrgico.
Beijos
Ju Lopes