Quando acontece algo que ele não tem como negar a veracidade, sua tática é alterar completamente os fatos, para que a parceira saia como a errada, a inadequada, da história.
Mais uma vez, ele transfere a culpa e ainda faz com que o outro creia que ele é mesmo muito tolerante e benevolente em aceita-la após tantas falhas.
Qualquer tentativa de questionamento é vista pelo misógino como um confronto a sua autoridade, ao seu controle, o que o deixa furioso.
Nessas situações, a coisa pode descambar para a violência física, assim como se ele se sentir ameaçado ou humilhado, já que a violência é uma forma de retomar o controle.
Para completar o quadro de opressão, é preciso que se fale da possessividade absoluta, pois qualquer coisa que ele encare como uma ameaça, seja trabalho, filhos, amigos ou família, será excluído, já que todos eles querem “acabar” com a relação dos dois.
Como se vê, a vida de uma mulher que convive com esse tipo de homem é um tormento constante, pois sua personalidade é anulada e sua vida é, literalmente, roubada.
Lidar com esse tipo de situação é extremamente complicado porque, na maioria das vezes, a vítima desse tipo de homem é ou está vulnerável e fragilizada, e, nesse estado, não consegue ver, a princípio, que tem algo de errado na história.
Muitas mulheres, ou por medo, ou por comodismo ou por não quererem “perder” a relação, acabam se tornando coniventes com o comportamento do misógino, o que é um absurdo, porque quando a gente é conivente, a gente confirma o comportamento agressor, o que o estimula a agir de forma ainda mais opressora e cruel.
Nesses casos, o melhor a fazer é procurar um psicólogo, um psicanalista ou um terapeuta, pois só esse tipo de profissional saberá nos orientar corretamente, já que, na maioria dos casos, nossa visão da realidade pode estar tão distorcida que não conseguimos sequer identificar o problema, e muito menos uma forma de solucioná-lo.
Beijos
Ju
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