Oi meninas!
Eu sempre fui uma leitora ávida. Qualquer livro que caia em minhas mãos é rapidamente devorado e profundamente interpretado. É, adoro interpretar textos, livros, idéias, histórias e refletir sobre elas. Daí que, de uns tempos para cá, o mercado de livros tem se abarrotado de inúmeros títulos de auto-ajuda e eu, como comedora de livros, curiosa extrema e Psicóloga, procuro sempre incluir dois ou três livros do gênero na minha lista de leituras.
Mas a pergunta é: Será que funciona MESMO? Bom, a primeira coisa a se dizer é: DEPENDE.
É sempre bom lermos algo positivo, que te motiva e te dita as regras para alcançar alguma coisa, pois é tão mais fácil com a receita, com as regras, né? Na verdade, as ‘regras’ que os livros de auto-ajuda trazem são geralmente resultados de (pelo menos os que li até agora): 1) uma história de vida específica de sucesso; 2) testemunhos e análises de vida de outras pessoas; 3) ou estão embasadas cientificamente; 4) coisas óbvias que ninguém se lembra de seguir; 5) ou então aprendizados do tipo erro-acerto.
Estamos tão obcecados com regras e mais regras, que esquecemos que só lê-las não vai adiantar nada: é preciso REFLETIR sobre elas, AVALIAR as que se encaixam em seu perfil e colocá-las em PRÁTICA. Por isso que nem sempre funciona para todo mundo: primeiro, por que somos diferentes, com pensamentos, necessidades e históricos de vida subjetivos e únicos; segundo, por que nem todas as pessoas querem se dar ao trabalho de refletir sobre o que o livro está propondo; terceiro, por que depende do momento, das emoções e situações em que a pessoa está inserida. Aliás, qualquer livro sem reflexão e sem interpretação, não serve pra nada.
Além da reflexão, da avaliação e da ação, é preciso compreender que auto-ajuda não é a salvação e a resolução dos seus problemas. Servem como reforço positivo, algo que vai te ajudar a manter focado, pensando positivo. Na verdade, é algo que vai apenas COMPLEMENTAR o que você já deveria estar fazendo: se autoconhecendo, se valorizando, se amando e acreditando na sua capacidade de conquistar o que deseja. Isso é o básico do básico, beirando o óbvio.
Algumas coisas podem ser aprendidas só observando as experiências alheias, mas muitas coisas só aprendemos na prática, errando e acertando, tornando hábitos e mudando nosso estilo de vida. Por exemplo, sempre digo que emagrecer não é só dieta: é mudança de pensamentos, de hábitos, de estilo de vida. Crescer profissionalmente não é só fazer mil especializações e ser phd: é fazer o que gosta, fazer bem feito e saber o que quer.
É por isso que sucesso está relacionado a autoconhecimento. Quem se conhece não perde tempo com coisas que sabe que não vão dar em nada e não é todo mundo que tem coragem de enfrentar a si mesmo. É por isso que auto-ajuda não funciona para todo mundo e nem em qualquer momento: nem sempre estamos prontos para as tais regras, nem sempre elas encaixam em nossas vidas, nem sempre é o que preciso para me motivar, nem sempre minhas emoções me permitem absorvê-las, nem sempre tenho a coragem necessária para as mudanças.
Assim, já que para os livros de auto-ajuda funcionarem é preciso compreender que ele age de forma diferente em cada pessoa que lê, vamos deixar o preconceito de lado e em vez de sair criticando, vamos aprender com as experiências e leituras que todos nós ganhamos muuuito mais. Além disso, muitos desses livros são leituras fáceis, agradáveis e bem-humoradas que podem, no mínimo, melhorar nosso estado de espírito e nos distrair.
E LEMBRE-SE: podemos extrair grandes aprendizados de qualquer tipo de livro, é só prestar atenção, refletir sobre as histórias e, se te for útil, colocá-los em prática. Afinal, ler é sempre bom!! Amoooo!
Beijos e boas leituras SEMPRE!
Amanda ([email protected]r)