Na grande maioria dos países, sobretudo os europeus, retirar a cutícula é um hábito que simplesmente não existe. O que se faz, por lá, é hidratar a pele ao redor das unhas com produtos específicos e, sem seguida, empurrá-la para os cantos. Já por aqui a regra é bem diferente! Não só se retira a cutícula, como se acredita que sem isso é impossível que as unhas fiquem bonitas. Só que esse costume, tão comum por aqui, pode comprometer seriamente a saúde e a beleza da mulher.
A cutícula funciona como uma barreira de proteção, já que protege a unha dos micro-organismos e outros “invasores”, e retirá-la é fazer da unha um foco de doenças e de infecções, além de deixa-la mais fraca.
O atrito do alicate com a pele pode enfraquecer e agredir a matriz da unha, o que resulta em unhas quebradiças. Além disso, quando mais a gente retira a cutícula, mais grossa ela “nasce”, já que ela é feita de queratina e quando são retiradas o organismo tende a produzir ainda mais queratina para repor o que foi perdido.
O correto, pois, é fazer a unha sem retirar a cutícula, mas apenas empurrando-a e, caso seja necessário, removendo o excesso com um tipo específico de palito. Para quem usa diariamente, em casa, amolecedores de cutícula, a coisa fica muito mais simples.
Sim, usando amolecedores de cutículas, ou mesmo hidratantes, dá pra parar de remover as cutículas, preservar a saúde da unha e ainda mantê-la bonita, pois a medida que usamos produtos desse tipo, a cutícula fica mais “fina”, mais fácil de ser empurrada e, aos poucos, menos perceptíveis.
Procurem produtos ceratolíticos, que reduzem a produção de queratina e, por isso, deixam a cutícula mais fina. Os melhores hidratantes são os mais concentrados e bem potentes, como os feitos à base de ureia.
Ir à Manicure é Seguro?
O correto é que os salões de beleza esterilizem seus materiais, oferecendo, assim, um serviço seguro para seus clientes. Contudo, o que se vê, na grande maioria das vezes, é que os salões, inclusive os grandes, não dispõem de equipamentos essenciais para a esterilização dos materiais utilizados, como a estufa ou a autoclave.
Muitos lugares, mesmo tendo os equipamentos necessários para a esterilização, não a fazem da maneira correta. O ideal, para instrumentos de metal ou inox, como os alicates, é lavá-los com água e sabão, sendo “esfregados” com uma escova de cerdas macias, e em seguida enxágua-los, secá-los e, só depois, esterilizá-los.
Como ninguém pode garantir que os salões façam o procedimento da maneira correta, o mais seguro e higiênico é que cada pessoa tenho o seu “kit manicure”, formado por alicate, lixas, espátulas e demais materiais.
Além das infecções, vale lembrar que existe a possibilidade, mesmo pequena, de transmissão de doenças como hepatite B e hepatite C, que são doenças graves, através do alicate contaminado. Portanto, caso use o alicate, leve o seu de casa!
A coisa parece simples, mas é bom tomar cuidado, né?
Beijos
Ju Lopes