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Por Que a Reconstrução Deixa o Cabelo Duro?

Sempre falei bastante de reconstrução por aqui. E agora, por causa do corte químico, tenho recebido MUITAS perguntas sobre o assunto, e uma queixa muito comum é a de que a reconstrução “deixa o cabelo duro”, o que, de modo geral, é verdade.

O fato é que a função das máscaras reconstrutoras é reconstruir os fios, devolver massa capilar e não promover maciez e sedosidade. Algumas deixam o cabelo mais macio, mas via de regra, sobretudo no caso dos reconstrutores mais fortes, o normal é que os fios fiquem “duros e tesos”.

O Extreme Up, por exemplo, em 90% dos casos deixa o cabelo parecendo uma vassoura de piaçava, duro e grosso, porque a função dele é reconstruir e não hidratar. Vale lembrar que o Extreme Up tem um “passo” que é de nutrição, mas se exagerar no “passo” da reconstrução, que deve ser usado pouquinho, o cabelo tende a ficar ainda mais duro.

O Extreme Up é para casos extremos. É para quando o cabelo tá partindo, tá com corte químico, tá na UTI. Usar em um cabelo que não esteja precisando de reconstrução é o fim da picada!

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Apesar de ser normal e esperado que a reconstrução deixe os fios com um aspecto mais endurecido, é preciso analisar se esse é mesmo o efeito da máscara ou se é efeito do exagero. Vale lembrar que reconstrução não é como hidratação que “quanto mais melhor”. A reconstrução só deve ser feita quando o cabelo precisa, caso contrário pode – e vai – dar problema!

É que o uso excessivo de máscaras reconstrutoras causa tantos danos quanto a falta de reconstrução em um cabelo nos casos em que ela é necessária.

Mas como saber quando é necessário reconstruir?

O cabelo é constituído basicamente por proteína (queratina), e as agressões diárias, aquelas causadas pelo sol, pelo vendo, pela chapinha e pelo secador gera uma perda – mínima, vale lembrar – de queratina. Em condições normais, quando o cabelo não passa por procedimentos químicos, a reconstrução pode ser feita mensalmente, se o reconstrutor for leve, como o RMC, da Amend, ou a cada três meses, se o reconstrutor for mais concentrado.

Quando o cabelo passa por procedimentos químicos, como alisamentos, progressivas, relaxamentos, colorações, luzes e descolorações, o cabelo perde uma grande quantidade de proteína, de massa capilar, já que se altera a estrutura dos fios, o que deixa a camada interna “aberta” e vulnerável. Isso acaba deixando os fios finos, frágeis, quebradiços, porosos e elásticos, além de profundamente ressecados, sem balanço e sem brilho.

Nesses casos, é preciso, sim, reconstruir os fios e com mais frequência, para que seja reposto o que foi retirado dos fios e o cabelo possa voltar a ser como era antes. Aqui eu ressalto que só hidratar e nutrir não vai adiantar de nada, pois os fios precisam também – e principalmente – de reconstrução.

O grande problema é que a gente sempre acha que o nosso caso é pior que o dos outros e acaba exagerando nos cuidados, sobrecarregando os fios de queratina e outras substâncias reconstrutoras, o que acaba deixando o cabelo ainda pior.

Segue no próximo post: Não Fique Com O Cabelo Duro Após a Reconstrução!

Beijos

Ju Lopes

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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Não Fique Com O Cabelo Duro Após a Reconstrução!