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Remédios Para Emagrecer: O Que Você Precisa Saber

Até pouco tempo atrás era fácil, mesmo sem receita, comprar remédios para emagrecer, e dos mais diversos tipos. Anfepramona, Femproporex, Sibutramina, tudo era facilmente encontrado. Mas, a Anvisa “apertou” a vigilância, o que está mais do que certo, e muita gente que via nesses remédios a solução de seus problemas, sentiram-se perdidas.

E com o anúncio de que a coisa vai apertar ainda mais, muitas dúvidas surgiram, e são elas que vamos esclarecer agora!

Pra começar é preciso saber que remédio pra emagrecer não é pílula mágica, não faz milagre e não vai te fazer emagrecer. Ele vai ajudar, vai agir como coadjuvante, mas o trabalho será seu, e se você não fechar a boca não existe remédio nesse mundo que te faça emagrecer!

Sim, eles são uma ótima arma no combate a obesidade, mas precisam ser utilizados de forma correta, com indicação e acompanhamento médico, e sem os exageros que vinham acontecendo nos quatro cantos do país, porque esse tipo de remédio pode gerar efeitos colaterais graves.

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Remédios Para Emagrecer: O Que Você Precisa Saber
Remédios Para Emagrecer: O Que Você Precisa Saber

Remédios para emagrecer: Tipos

Existem basicamente três tipos de remédio para emagrecer: os que inibem a absorção de gorduras, os que promovem a sensação de saciedade e os anorexígenos.

Os anorexígenos são remédios que inibem o apetite, e a substância de que são compostos são as anfetaminas, como o femproporex e a anfepramona. Esses medicamentos já foram muito utilizados, mas hoje eles só são utilizados quando os outros dois tipos não oferecem resultados satisfatórios devido aos efeitos colaterais mais frequentes e graves.

Já os chamados sacietógenos, que são os que promovem uma maior sensação de saciedade, fazem com que a pessoa fique saciada com uma porção menor de alimentos e, de quebra, ajudam a aumentar o gasto calórico. O mais famoso remédio dessa classe é a sibutramina, que é hoje o remédio para emagrecer mais vendido e consumido no país.

Por último, temos os inibidores da absorção de gorduras, como o Orlistat, que não atuam no sistema nervoso, não reduzem o apetite nem aumentam a sensação de saciedade, mas agem no estômago, inibindo a absorção de cerca de 30% da gordura que foi ingerida. Para quem consume muitos alimentos gordurosos, os inibidores da absorção de gorduras são boas apostas, mas quem não consome muitas gorduras não se beneficia muito desse tipo de medicamento.

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Como e quando usar?
Como e quando usar?

Como e quando usar?

O que levou ao aumento do rigor em relação aos remédios para emagrecer foi justamente o uso indiscriminado por quem tinha preguiça de fazer exercícios e se reeducar, e via nessas pílulas a solução mágica para perder peso, por isso, esse tipo de remédio só deve ser utilizado por que, mesmo com mudança de hábitos, dieta equilibrada e atividade física, não consegue perder peso.

Em pessoas cujo índice de massa corpórea seja superior a 29,9 mesmo após a reeducação alimentar, o uso desse tipo de remédio pode ser indicado para reduzir o IMC e, assim, auxiliar no emagrecimento.

Efeitos colaterais

Quando usados de forma correta, com indicação e acompanhamento médico, os remédios para emagrecer são seguros, mas, mesmo assim eles podem causar inúmeros efeitos colaterais, o que depende do organismo de cada pessoa.

Os que tendem a causar os piores efeitos colaterais são os anorexígenos, que provocam insônia, tremores, taquicardia, irritabilidade, depressão, aumento da pressão arterial e euforia.

Os sacietógenos, que são os que promovem uma maior sensação de saciedade, possuem efeitos colaterais mais amenos, mas ainda assim são normais sintomas como insônia, irritabilidade e agitação. A sibutramina, que se enquadra nesse grupo, causa aceleração da frequência cardíaca, tendo sido, por esse motivo, proibida de ser comercializada na Europa e nos Estados Unidos.

Já os inibidores da absorção de gorduras não apresentam efeitos colaterais relacionados ao sistema nervoso, mas pode acarretar diarreias graves se a pessoa continuar comendo grandes quantidades de gordura.

É importante lembrar que esse tipo de remédio, sobretudo os dois primeiros tipos, podem causar dependência tanto física quanto psicológica, sobretudo se forem usados por muito tempo.

No caso das anfetaminas, principalmente, existe mais um problema: a tolerância! A tolerância é a necessidade de aumentar a dose cada vez mais para que o remédio continue proporcionando os mesmos efeitos.

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Eles servem para controlar o peso?

Como expliquei acima, os remédios para emagrecer devem ser usados por um período mais curto e sempre com supervisão médica, e, por isso, eles são indicados para a perda de peso e não para a sua manutenção.

O que acontece é que a pessoa não pode parar de tomar o remédio de um dia para o outro, mas sim de forma controlada e como for indicado pelo médico responsável, senão o efeito sanfona será inevitável. É por isso, aliás, que muita gente diz que quando para de tomar o medicamento engorda tudo de novo. É preciso que a suspensão do medicamento seja programada e sempre acompanhada de reeducação alimentar e atividade física.

Crianças podem tomar remédios para emagrecer?

Os remédios para emagrecer são de uso restrito e podem causar efeitos colaterais graves, sobretudo os que têm ação no sistema nervoso. Contudo, em casos onde a obesidade representa um risco, é precisa colocar na balança do bom senso qual dos riscos é maior, se os possíveis efeitos colaterais ou a obesidade.

Via de regra, atividade física e reeducação alimentar costumam gerar resultados positivos em crianças e adolescentes, sendo que, na maioria dos casos, não é necessário o uso de medicamentos. Contudo, existem casos em que os remédios são sim necessários, mas depende, é claro, do remédio, da saúde da criança e do grau de obesidade.

O Oslistat é um tipo de remédio que já foi testado em crianças e teve seu uso aprovado, já os que agem no sistema nervoso não possuem total aprovação médica para uso em crianças e adolescentes.

Vale lembrar que os remédios para emagrecer possuem contra-indicações tanto para crianças quanto para adultos. Assim, os anorexígenos e os sacietógenos não devem ser consumidos por pessoas que tenham alterações cardíacas (como taquicardias, por exemplo), problemas de pressão alta, diabetes tipo 2, glaucoma e doenças psiquiátricas e depressão, dentre outras.

Beijos

Ju Lopes

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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