Já falei aqui que amo ler romances e eu não poderia deixar de recomendar a vocês meu segundo livro mais amado do mundo: O morro dos ventos uivantes, da Emily Brontë, que é considerado um clássico da literatura mundial e que acredito que todo mundo deveria ler.
A autora viveu na Yorkshire da década de 1820, e faleceu com apenas 29 anos, de tuberculose. Este é um dos romances mais densos e sombrios que já li, por se tratar de um amor tão apaixonado que chega a ser obsessivo e que, por não ser correspondido, gera uma vingança destruidora e duradoura. É muito intenso e é preciso que a pessoa tenha a mente aberta para ler as entrelinhas e captar os simbolismos e sentidos das palavras e dos sentimentos dos personagens.
A história começa quando o Sr. Lockwood se torna o novo inquilino de uma propriedade, a Granja dos Tordos, que pertence a um tal Sr. Heathcliff, também atual dono do Morro dos Ventos Uivantes e, ao fazer uma visita de cortesia ao senhorio, encontra na casa deste um rapaz, uma moça e o próprio Heathcliff. Tomado por extrema curiosidade diante de tantas demonstrações de raiva, indiferença e brutalidade entre os moradores, Lockwood persuadiu à sua governanta Nelly que contasse a estranha história dos seus vizinhos.
A narração é feita pelo Sr. Lockwood e pela governanta, que retrocede no tempo para contar o romance conturbado, destrutivo e mal resolvido entre Catherine Earnshaw e Heathcliff. Ambos são amigos de infância, mas Heathcliff possui um passado desconhecido, é descendente de ciganos e sem status social nenhum, que foi adotado pelo Sr. Earnshaw. Por conta disso, Catherine, uma moça volúvel e cheia de energia, mesmo que apaixonada pelo amigo, casa-se com outro. A propriedade da Granja dos Tordos pertencia ao Sr. Edgar, que se tornou o esposo de Catherine, e o Morro dos Ventos Uivantes pertencia ao Sr. Earnshaw.
Depois desse e de inúmeros outros acontecimentos do destino, tudo desanda na vida dos personagens até que, com a morte de Catherine, Heathcliff jura vingança a todos os que contribuíram para o afastamento entre ambos, até que ele consegue tomar O morro dos ventos uivantes para si e derrotar toda a família que um dia lhe causou tanto sofrimento. Mesmo após consumada a vingança, o personagem não conseguiu a paz que procurava.
É uma leitura que pode ser complicada pois os nomes dos personagens se repetem e a linha do tempo narrativo também pode confundir, mas nada que um pouco de atenção não resolva. É daqueles livros que, toda vez que você lê, capta algo diferente, gera sensações e sentimentos diversos, fazendo refletir sobre os personagens e como a vida de cada um poderia ter sido diferente. A linguagem pode até ser um pouco difícil de entender, mas leitura boa é assim, a que te faz aprender novas palavras e novos modos de escrever e se expressar.
São personagens anti-heróicos que cativam, são intensos e muito complicados, mas o amor que os une faz a gente suspirar. Uma das frase mais marcantes, ditas pela Catherine é “Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff”. Mexe bem lá no fundo né?
Quem quiser, eu tenho ele em PDF e em .DOC, são 450 páginas, mas a história só começa lá para a página 22, por causa do enorme prefácio. É só mandar e-mail que eu envio gratuitamente!
Beijos!!
Amanda (amandacarvalho@patricinhaesperta.com.br)