Oi meninas!!
O Transtorno Bipolar, antigamente conhecido como doença maníaco-depressiva, é um transtorno de humor que se manifesta com episódios depressivos alternados com episódios de euforia (ou mania) e estima-se que cerca de 1,8 a 15 milhões de brasileiros sejam portadores de algum grau desse transtorno.
Por trazer sérios prejuízos em todas as áreas da vida da pessoa, o Transtorno Bipolar precisa ser tratado de forma adequada, caso contrário, ele pode levar até mesmo ao suicídio. Existem muitos estudos sobre a bipolaridade, mas a melhor ótica é sempre a de quem passa pelo turbilhão de emoções que é ser um bipolar, por isso, vim indicar o livro UMA MENTE INQUIETA, da Kay Redfield Jamison.
A autora é médica, psicóloga clínica, autoridade internacional em transtorno bipolar e diagnosticada como bipolar aos 17 anos. O livro é sua autobiografia, onde ela relata a sua infância, o diagnóstico, a luta para aceitar que tinha essa ‘doença’, a dificuldade de contar para as pessoas, o tratamento e a busca por uma vida ‘normal’.
É um livro real, pois relata cada pequeno detalhe do íntimo da autora, seus pensamentos, as emoções e o quão difícil é passar pelas crises, aceitar a necessidade de medicamentos, lidar com o medo de perder a carreira e de atravessar a tênue linha entre sanidade e loucura.
A autora traz também explicações sobre o transtorno, tudo com uma linguagem simples, direta e honesta, quase poética e inspirada. São 194 páginas e vale realmente a pena ler, seja para quem sofre com o transtorno, para quem convive com pessoas que sofram ou simplesmente para conhecer como é a vida de quem é bipolar.
Segue um trecho:
“E então por que eu iria querer ter alguma coisa com esta doença? Porque acredito sinceramente que, em conseqüência dela, senti mais coisas e com mais profundidade; tive mais experiências, mais intensas; amei mais e fui mais amada; ri mais vezes por ter chorado mais vezes; apreciei mais as primaveras apesar de todos os invernos; vesti a morte bem junto ao corpo como calca jeans;, aprendi a apreciá-la, e à vida, mais; vi o que há de melhor e mais terrível nas pessoas e aos poucos aprendi os valores do afeto, da lealdade e de ir até o fim. Conheci os limites da minha mente e do meu coração, e percebi como os dois são frágeis e incognoscíveis. Em depressão, engatinhei para poder atravessar um quarto e fiz isso meses a fio. No entanto, normal ou maníaca, corri mais, pensei mais rápido e amei mais do que a maioria das pessoas que conheço. E creio que boa parte disso está relacionada á minha doença – a intensidade que ela confere as coisas e à perspectiva que ela me impõe. (…) ” Página 189
Links de livros relacionados:
- Uma Mente Inquieta
- Contos Sensuais de uma Mente Inquieta
- Mentes Inquietas
- Mentes Inquietas: TDAH – desatenção, hiperatividade e impulsividade
Beijos!!
Amanda Carvalho (amandacarvalho@patricinhaesperta.com.br)