Oi meninas!
Primeiramente, quero agradecer a vocês por acompanharem a coluna e o site, pois é gratificante saber que estamos contribuindo com vocês em alguma coisa. Acho que não mencionei aqui, mas sou Psicóloga e eu gostaria MUITO que vocês se aproveitassem disso e enviassem sugestões ou temas de interesse de vocês, pois assim eu poderei ser mais específica e atender exatamente ao que vocês querem, ok?
Bom, nós, mulheres, sofremos muito com a ânsia de estarmos com o corpo em dia. Vivemos de dieta, malhando e tomando mil e um remedinhos milagrosos, tudo isso para emagrecer e atender as expectativas, tanto dos outros, quanto as nossas. Na verdade, não tem nada de errado em querer estar com o peso adequado, desde que isso seja em prol da saúde e não de uma necessidade obsessiva de agradar aos outros ou de se encaixar na sociedade.
Nessa busca incansável pelo corpo perfeito, muitas mulheres acabam se tornando obsessivas, neuróticas e desenvolvendo TRANSTORNOS ALIMENTARES. Hoje, vou começar uma série de posts sobre os vários transtornos alimentares que estão cada vez mais presentes na vida moderna.
Transtorno Alimentar (TA) designa padrões de comportamentos alimentares que provocam sérios prejuízos físicos, mentais e sociais, podendo até mesmo destruir as relações pessoais e profissionais da pessoa. Nos últimos anos, esses transtornos têm se tornado cada vez mais comuns, sendo mais freqüentes em adolescentes, com uma taxa de incidência de 5%, e entre jovens mulheres, prevalecendo um risco maior na faixa etária dos 15 aos 25 anos.
Existem grupos específicos que têm mais probabilidade de desenvolverem essas doenças, como dançarinas(os), atrizes(atores), ginastas, atletas, modelos e músicas(os), ou seja, profissionais que se utilizam do corpo e da imagem para trabalhar. Os TA’s podem atingir mulheres e homens de todas as faixas etárias (inclusive durante a infância), porém, cerca de 90% dos acometidos são do sexo feminino. São tão sérios e provocam tantos prejuízos, que podem levar até mesmo à morte e é considerado caso de saúde pública.
Estes transtornos são decorrentes de uma busca obsessiva pela perfeição corporal e a pessoa distorce de tal modo a auto-imagem, que é capaz de se ver como gorda mesmo pesando 36kg. As causas são múltiplas, envolvendo aspectos biológicos/ genéticos, psicológicos e socioculturais/ familiares, só para citar algumas possíveis causas:
- Contexto sociocultural que cultua a magreza e a imagem;
- Disfunções no metabolismo/ hipotiroidismo;
- Famílias autoritárias ou negligentes;
- Experiências traumáticas;
- Hereditariedade;
- Pessoas que aspiram trabalhar com o corpo/imagem;
- Vítimas de bulliyng por causa do peso;
- Alguns traços de personalidade (medo de mudanças, cautela excessiva, introversão, preocupação com modismos, desorganização ou excesso de ordem, baixa auto-estima, perfeccionismo, inseguranças, etc)
Freqüentemente os TA’s apresentam co-morbidades, ou seja, co-existência de outros distúrbios, principalmente os Transtornos de Humor, de Ansiedade e a Dependência Química.
Quanto ao tratamento, é preciso uma equipe multidisciplinar, com nutricionista, psicólogo e o médico, além, é claro, do apoio familiar, para que a pessoa consiga alcançar um corpo saudável, fortalecer o emocional identificando e eliminando comportamentos que reforcem o distúrbio, fazer uso de medicação (como antidepressivos), acompanhar a evolução para prevenir recaídas e tentar conter possíveis co-morbidades.
Nos próximos posts estarei falando dos principais Transtornos Alimentares (Anorexia, Bulimia e Compulsão Alimentar), além de outros não tão comuns, mas igualmente prejudiciais.
Fiquem de olho, meninas!
Abraços!
Amanda (Amandacarvalho@patricinhaesperta.com.br)