Bom dia, meninas!
Quando estamos diante de alguma situação nova ou desconhecida, é normal que fiquemos ansiosas e nos sentindo inseguras, com medo de fazer algo errado ou de não saber lidar com a situação. Acontece que inseguranças demais e constantes só trazem sérios prejuízos, principalmente quando se trata de relacionamentos.
Sempre estamos buscando algo que nos faça se sentir seguro, mas na verdade é bem difícil de conquistar a segurança (para não dizer impossível), pois nada nesse mundo é certo, tudo está em constante mudança, então fica difícil encontrar algo que seja permanente e estável. O mundo gira: um dia estamos por cima, no outro por baixo e por ai vai. Se ficarmos constantemente em busca de segurança, estaremos em um caminho sem fim, pois não dá para termos controle sobre tudo e todo mundo.
A insegurança está relacionada com o medo de perder, com o apego que sentimos e até mesmo com o medo da solidão. Quando ficamos apegadas a uma pessoa, quando passamos a querer ela do nosso lado o tempo todo, ficamos preocupadas com o depois, com o futuro, ficamos receosos em relação ao que pode acontecer e tentamos controlar e barrar tudo que pode atrapalhar o relacionamento e que possa nos trazer a dor e o sofrimento de um amor que não deu certo. Assim, as inseguranças vão trazer ciúme excessivo e a tentativa de um controlar o outro, o que não irá deixar ninguém feliz.
Na verdade, quando se trata de amor e relacionamento, nós nunca temos nenhuma garantia de que o sentimento vai continuar, nem que a relação vai dar certo, então não adianta ficar matutando sobre algo que não temos como controlar. As inseguranças surgem quando há carência, baixa autoestima, necessidade de se sentir amado e valorizado, mas o amor de verdade não controla, não é inseguro e não priva o outro de nada, pois amor é uma construção diária e permanente.
Nós não podemos obrigar ninguém a nos amar, então o que podemos fazer é aprender que não somos donos de nada nem de ninguém, que tudo passa, tudo é efêmero. Não podemos perder tempo tentando controlar os sentimentos, os passos e os comportamentos do outro, achando que com isso iremos conseguir mantê-lo sempre conosco. O que podemos fazer é cultivar sempre o respeito à individualidade e ao espaço do outro, o carinho, a amizade e a cumplicidade.
Devemos parar de sentir medo de perder algo que na verdade não nos pertence: não somos donos de ninguém. O outro é um ser que possui sua própria subjetividade, suas próprias vontades e sentimentos que nem sempre ele mesmo consegue controlar, que dirá nós. O bom da vida é deixar acontecer naturalmente, é correr riscos e não se acomodar; se ficarmos acomodados, a vida vai passar e ficaremos para trás.
Quando aceitamos que não podemos controlar nada, a segurança interna surge naturalmente, em forma de autoconfiança, de amor-próprio, autoestima e autoconhecimento. Só assim iremos desfrutar de relações saudáveis, que se complementam, que trazem felicidade e que respeitem o espaço de cada um.
Às vezes nós mesmas temos comportamentos que deixam margem para dúvidas e questionamentos, então é importante sempre deixar tudo bem claro entre os dois e resolver todas as questões que surgirem. Nada de ficar impondo e exigindo, o melhor a se fazer é chegar a acordos que beneficiem a todos. Se você se sente insegura ou percebe que seu namorado é inseguro, mantenham o diálogo aberto, sejam cúmplices, sejam amigos e cultivem o respeito pelo amor que vocês sentem, não deixando que ciúmes e paranóias estraguem tudo.
Beijos!
Amanda Carvalho (amandacarvalho@patricinhaesperta.com.br)