Oi meninas!
Todo mundo já leu alguma piada sobre sogras né? No imaginário popular, as sogras são verdadeiras cobras jararacas, bruxas e eternos pesadelos de noras e genros. Mas deixando as brincadeiras de lado, por que alguns relacionamentos entre sogras e noras ( e genros também) são tão difíceis e conturbados?
Namorar, casar e constituir família fazem parte do desenvolvimento do ser humano. Assim, o casal é formado por pessoas diferentes, com histórias de vida únicas, costumes, valores, crenças, gostos, pensamentos e que demandam tolerância, compreensão e aceitação. E adivinhem qual a principal causa das desavenças entre os casais e familiares? Exatamente, as diferenças e as intromissões dos familiares nos problemas do casal.
Dizem que, quando casamos, casamos também com toda a família, incluindo pai/mãe, irmãos/ãs, cunhados/as, tios/as, avós, sobrinhos/as e por ai vai. Porém, eu discordo dessa idéia, pois o casamento é feito de duas pessoas que querem construir seu próprio espaço, sua própria família e que estabelecem suas próprias regras, costumes e valores.
As famílias de origem podem estar por perto, mas devem oferecer um espaço de companheirismo, amor e apoio, sem intrusões e críticas, onde o novo casal possa construir sua nova vida de forma saudável, baseada na aceitação e no respeito às diferenças. Ou seja, as famílias não precisam se casar entre si, o que se faz necessário é manter o respeito mútuo, de modo que a harmonia prevaleça.
E de onde vem tantas discordâncias entre a sogra e a nora? Bom, da parte das sogras, vem do relacionamento entre mãe e filho. Quando a mãe é dominadora, manipuladora, possessiva, ciumenta ou que tem medo de ficar sozinha, então ela se sente no dever de proteger o filho e no direito de tê-lo com ela para sempre. Quando o filho casa, o sentimento dessa mãe é de abandono e traição, passando a considerar a nora como uma bandida que levou seu filho.
Na verdade, todas as mães (e pais) tem que ter a humildade para compreender que os filhos um dia crescerão, sairão de casa e terão sua própria família. É o curso natural da vida e é algo que as sogras complicadas não conseguiram interiorizar. Da parte das noras, se elas também forem dominadoras e possessivas, então realmente esse relacionamento vai ser muito complicado, pois elas estarão sempre disputando a atenção e o amor exclusivo do homem. As noras também podem ser inseguras e excessivamente ciumentas, fazendo de tudo para tornar a convivência insuportável a ponto da sogra se retirar de cena. Nem sempre a “megera” é a sogra!
Além disso, as noras devem ter empatia e se colocar no lugar da sogra, compreendendo que ela sempre será a mãe do marido, sempre terá o amor do filho e sempre estará lá. Ela também precisa se sentir amada, ser respeitada e valorizada, afinal, foi ela quem pôs no mundo o homem que você ama, né? E ela tem que entender que você faz o filho dela feliz. Demonstrando isso, ela com certeza vai acabar percebendo que lutar contra a pessoa que o filho ama e que o faz feliz é uma causa muito egoísta.
Na verdade, família é a coisa mais complexa do mundo e dificuldades de relacionamento podem vir de qualquer parte, seja sogra/nora, sogro/nora, sogro/sogro, cunhada/nora, e inúmeras outras possibilidades. Cada qual deve saber o seu próprio papel e seus limites, aprendendo a tolerar e a valorizar a felicidade de cada membro da família. Assim, mãe é mãe, esposa é esposa, são amores e relações completamente diferentes, tornando totalmente desnecessárias qualquer tipo de disputa.
Mesmo que os pais sejam daqueles que querem manter o filho debaixo das asas e que se intrometem em tudo, é preciso que ele mesmo assuma sua liberdade de escolha, sua independência e passe a viver conforme seus próprios desejos, limitando a interferência familiar, não tomando partidos e deixando bem claro para cada uma o papel delas. Sem falar que o homem não deve dar motivos para aumentar ou deflagrar conflitos e discussões.
Se a convivência for conturbada, seja entre sogra e nora ou entre quaisquer outros membros da família, vale experimentar a terapia familiar, tentando encontrar soluções e respostas para tanta inimizade, podendo até mesmo chegar a acordos que tornam tudo mais harmônico ou pelo menos tolerável. Às vezes, a única solução é se afastar e evitar a convivência, fazendo apenas algumas visitas curtas que dêem para agüentar, mas que esse afastamento seja a última opção, viu!
Beijos
Amanda ([email protected])