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Angústia: A Doença Silenciosa

Você sabe o que é angústia? Já sentiu isso? A angústia é muito confundida com o medo e a ansiedade, e muita gente a descreve como a “mistura” dos dois, associada a uma “agonia” mental que parece não ter motivo, e uma dor “que sufoca” no peito, como se algo fosse acontecer.

Muitos não sabem, mas a angústia é uma doença psiquiátrica, e, por isso, precisa ser tratada para que os sintomas, que incluem sensação de sufocamento e de aperto no peito, sejam minimizados.

Para quem nunca sentiu, é bem difícil defini-la ou entendê-la, pois seus sintomas são similares do transtorno de ansiedade, da depressão e até mesmo da síndrome de pânico. Contudo, a “confusão” não procede, pois os comportamentos mentais da angústia são bem diferentes dos das outras doenças, e ela possui padrões diferentes de ativação cerebral.

Angústia: A Doença Silenciosa
Angústia: A Doença Silenciosa

Angústia: O Que Se Sente?

Quem sofre com crises de angústia reporta, quase sempre, um sentimento de vazio, um questionamento constante de porque e pra que estão aqui. É comum o questionamento em relação à própria vida, sobre o sentido da mesma.

Essas pessoas tendem a, dependendo do grau do quadro de angústia, manter-se afastadas das outras, vivendo em seu próprio mundo, sem interagir socialmente. Além disso, há o conflito constante diante das situações e das possibilidades de escolha, o que a as leva a perder a capacidade de análise, de lidar com os fatos do dia-a-dia, o as leva a uma paralização.

A sensação constante é de desamparo, de uma incerteza diante de tudo, de não saber o que fazer, pra “que lado” ir, que partido tomar. A pessoa não consegue agir diante da liberdade de fazer escolhas, determinar caminhos e renunciar ao que for necessário.

Como Identificar a Angústia?

A angústia, como doença, deve ser identificada e tratada por um especialista, pois só ele poderá distingui-la de outras doenças similares e orientar quanto ao melhor tratamento em cada caso específico.

O que o paciente pode, e deve, fazer é  demonstrar claramente, sem receios, como se sente, e com o máximo de detalhes possível.

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Como Identificar a Angústia?

É importante que a pessoa procure ajuda tão logo comece a sentir os primeiros sintomas da doença, mesmo que ela não saiba exatamente do que se trata. Muitas vezes a pessoa passa meses, até anos, com uma angústia latente e não procura ajuda por não saber que isso é uma doença ou por não saber do que, afinal, se trata.

São muitos os casos em que a pessoa só procura ajuda quando os sintomas físicos, como peso no peito e dor na região do tórax, passam a ser insuportáveis. Nesses casos, confunde-se a angústia com  problemas cardíacos, e é comum a pessoa imaginar que está tendo um ataque cardíaco. Só que na grande maioria dos casos não se trata de problemas cardiológicos, e após isso ser constatado em exames específicos, o paciente precisa ser encaminhado para um especialista, mas isso só acontece quando a pessoa relata a sensação de angústia, de “prisão dentro de si mesmo” e de nervosismo constante.

Procure Ajuda!

Quando, apesar dos sintomas físicos, nenhuma doença física é encontrada, é hora de procurar ajuda especializada, ou seja, ajuda psiquiátrica.

Aqui reside um grande problema, pois o preconceito em relação a psiquiatria ainda existe, e são muitas as pessoas que ainda encaram o psiquiatra como “médico de loucos”. Uma bobagem, claro!

É o psiquiatra quem poderá dizer qual é, afinal, o real problema e indicar o melhor tratamento.

Como a angústia, acreditam muitos, está relacionada a uma maior ativação da ínsula, uma região do córtex cerebral, ela tende a responder bem ao tratamento feito com antidepressivos tricíclicos, aos benzodiazepínicos e a alguns tipos de antipsicóticos.

Um medicamento bastante utilizado nesses casos é a imipramina, uma droga que age modulando alguns neurotransmissores que controlam as emoções humanas.

Além do tratamento medicamentoso, é indicado, também, o apoio psicológico e a terapia, que ajudam no reconhecimento, desenvolvimento e controle das emoções.

Procure Ajuda!
Procure Ajuda!

Ansiedade X Angústia

Os transtornos de ansiedade estão relacionados a alguma disfunção dos neurotransmissores, que desencadeia um excesso de preocupação diante de alguma situação, como a entrevista de emprego que está para acontecer, a apresentação de algum trabalho ou coisas similares. As pessoas que passam por esse problema tendem a possuir pensamentos exagerados, como se a situação futura pudesse ter um desfecho ruim.

Na ansiedade é comum que a pessoa não consiga dormir, que tenha palpitações, falta de ar, tremor nas mãos e uma preocupação que paralisa.
Ou seja, a ativação cerebral é distinta na ansiedade e na angústia, vez que a primeira revela uma apreensão em relação ao que está por vir, e a segunda se relaciona ao momento presente.

Transtorno de Pânico X Angústia

O transtorno do pânico, conhecido como síndrome do pânico, é, via de regra, caracterizado por ataques repentinos, que subitamente dominam a pessoa e não possuem, na grande maioria dos casos, um gatilho específico. Aqui há uma ansiedade exagerada que gera sintomas físicos como tremores, vertigem, falta de ar, suor exacerbado, taquicardia e a sensação de medo. O paciente tende a achar que pode, inclusive, morrer a qualquer momento, tamanho a gravidade dos sintomas.

A angústia causa também sintomas físicos semelhantes, mas o que se sente é diferente. Não há, também, a sensação de morte eminente.

Depressão X Angústia

A angústia é muito confundida com depressão, mas é preciso salientar que na depressão há um desajuste de neurotransmissores, inclusive a noradrenalina, e é, via de regra, esse desajuste na química cerebral que gera os sintomas da doença, que incluem tristeza, fadiga, falta de apetite, problemas relacionados ao sono, dificuldade de concentração, alterações na autoestima e até pensamentos relacionados a morte.

De toda forma, o certo é que a angústia precisa ser vista como o que ela realmente é, uma doença, e ser tratada como se deve para que o paciente consiga se livrar da dor que sufoca, da prisão interna em que vive.

Buscar ajuda é essencial, pois é procurando ajuda que a pessoa se livra desse terrível  mal!

Beijos

Ju Lopes

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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