Não existe alimento mais democrático do que o feijão, tanto é que aparece na mesa de todo brasileiro, de norte a sul do país, em todas as classes sociais. Ou seja, todo mundo come feijão! E que bom, viu?
É bom porque o feijão é rico em muitas substâncias poderosas pro nosso organismo, inclusive proteínas, que, dentre outras coisas, auxiliam na formação de peptídeos bioativos, que são poderosos antioxidantes que reduzem o risco de vários males, inclusive trombose e câncer.
Rico em polifenóis, que são antioxidantes também, o feijão é a receita certeira pra mandar os radicais livres pra bem longe, o que é ótimo, claro, já que esses danados potencializam o envelhecimento e, pior, dão uma boa contribuição para o surgimento de tumores. O feijão também é rico em fibras, que ajudam no funcionamento intestinal, reduzindo os quadros de prisão de ventre, além de ajudarem também a prevenir o câncer de intestino.
A relação do feijão com o câncer vem sendo bastante pesquisada, e uma das razões pra que ele seja benéfico nesses sentido está no seu baixo índice glicêmico que impede a liberação rápida de glicose no sangue, o que significa que a insulina não será jogada na corrente sanguínea em grandes quantidades. Isso é bom porque já se constatou que o excesso de insulina está relacionado ao desenvolvimento de alguns tumores.
Um estudo recente demonstrou que, em cobaias, o consumo de feijão reduz a incidência de câncer de mama em até 70%. A justificativa pra isso é que o feijão, supostamente, regula determinados mecanismos que parecem ser desajustados em quem tem propensão genética a tumores mamários.
Além de ajudar a manter o câncer longe, o feijão também ajuda na perda de peso e no controle da diabetes, além de poder ajudar diversos outros problemas, como doenças cardiovasculares, por exemplo. Há estudos que dizem que os peptídeos bioativos do feijão podem impedir a fabricação de colesterol no fígado. Além disso, supõe-se que a vicilina estimule a secreção de ácidos biliares, o que significa que deixa de existir a necessidade de buscar colesterol no sangue pra formar esse ácido, o que faz com que parte dele “suma” de circulação.
Não existem muitas diferenças nutricionais relevantes entre os mais diversos tipos de feijão, mas aqui no Brasil o preferido é o feijão carioca. Contudo, alguns estudos vêm dando conta de que o feijão fradinho é o mais poderoso no combate ao colesterol, embora os outros não fiquem muito atrás.
Na verdade, não importa qual o tipo, o que importa mesmo é que o consumo de feijão exista e que seja regular, porque só temos a ganhar! Sim, são muitos os alimentos que prometem melhorar a saúde e promover benefícios diversos, mas o feijão tem sim vários diferenciais, porque promove uma maior sensação de saciedade, melhora o funcionamento intestinal, previne doenças e sustenta como poucos.
O consumo ideal é de ao menos duas conchas de feijão por dia, e essa quantidade pode ser distribuída nas refeições diárias, como almoço e jantar.
Beijos
Ju Lopes