Aproveitando que estou falando de meditação, fui pesquisar outras coisas relacionadas ao tema e, olha que legal, vi que já existem estudos que sugerem que ela ajuda na minimização da dor.
Um estudo feito na Universidade de Manchester, no Reino Unido, e publicada pela revista especializada Pain, demonstrou que indivíduos que tinham na meditação uma prática regular conseguiam suportar melhor as dores, já que, não se sabe o motivo, os seus cérebros conseguem antecipar a sensação de desconforto. Por esse motivo, aliás, é que a meditação tem sido muito difundida em pacientes com dores crônicas, como a fibromialgia e a artrite.
As dores crônicas levam os pacientes á um ciclo vicioso, já que elas causam contração muscular, o que gera uma piora na percepção da dor, e a meditação entra justamente pra quebrar esse ciclo vicioso, já que o foco do paciente muda e deixa de ser a dor e a doença em si. Parece papo de “maluco beleza”, mas já foi comprovado por estudos científicos, e, além disso, existem muitos relatos médicos que, mesmo antes desse estudo, já sustentavam isso.
Acontece que, mesmo com tantos estudos, de tantas universidades renomadas, apresentando resultados positivos a meditação ainda é vista com ceticismo e preconceito por muita gente, sobretudo pela classe médica. Contudo, com a comprovação de que a dor possui um componente afetivo muito grande, notou-se que somente analgésicos não são suficientes e que a meditação ajuda demais nesses casos, já que em comparação aos pacientes que não meditam, os que meditam evoluem melhor.
Sabe-se que a meditação proporciona benefícios tanto físicos quanto psicológicos. Em relação aos benefícios físicos, esses estão relacionados com a liberação de determinados neurotransmissores que ajudam a reduzir o desconforto e a dor. Os benefícios psicológicos, por outro lado, estão relacionados com a forma como a pessoa passa a encarar a dor, com a mudança de postura em relação a dor que se processa dentro dela, que ao invés de negar e rejeitar, compreende e acolhe.
Outro benefício importante da meditação é em relação a ansiedade, que é reduzida com essa prática, e isso ajuda, claro, no tratamento de qualquer doença, já que estando calma, a pessoa reage melhor e absorve melhor o tratamento indicado. Para pessoas que convivem com a dor todos os dias, esse é um ponto muito importante, já que aprende-se a “conviver” com essa sensação enquanto isso for inevitável.
Assim, se realizada da maneira correta e rotineiramente (tem que ser todo dia!), a meditação pode ajudar muitas pessoas, sobretudo aquelas que apresentam dores crônicas como a fibromialgia e a artrite, bem como a fadiga crônica, o estresse, a ansiedade, a irritabilidade, o câncer (sobretudo em pacientes que se submetem a quimioterapia), a esclerose múltipla, distúrbios nervosos e mal de Parkinson, dentre muitas outras.
O que vale ressaltar aqui é que a meditação, que possui várias modalidades, é um complemento, um coadjuvante que auxilia se feita em conjunto com os tratamentos tradicionais. É sempre bom ressaltar isso porque algumas pessoas usam essas terapias alternativas como válvulas de escape e o caminho, obviamente, não é esse!
Beijos
Ju Lopes