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Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) – Parte II

Repro

Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) – Parte I

Mania, Depressão e Hipomania

Na mania, também chamada de euforia, a pessoa apresenta alto nível de impulsividade, impetuosidade, ansiedade, alegria exagerada, humor excessivamente exaltado, se mostra bastante irritadiça, explosiva, impaciente, sente energia para começar várias atividades ao mesmo tempo, mas não consegue terminá-las, baixa concentração, baixa capacidade de julgamento e discernimento, pensamentos grandiosos, acelerados, fala rápida e confusa, confiança exagerada, gastos excessivos, comportamentos inadequados, de risco, agressivo ou intimidador,  aumento do desejo sexual e uso de substâncias, como álcool, drogas e remédios. Devem durar no mínimo uma semana.

Na hipomania, os sintomas são bem, bem leves e não comprometem a integridade da pessoa, passando até mesmo despercebido por ser confundido com um estado alegre da pessoa. São geralmente episódios mais curtos do que a mania, devendo durar no mínimo 2 dias.

Na depressão, o humor se torna melancólico, há perda de interesse, de ânimo, de desejo, de energia, baixa libido, sentimentos de vazio, tristeza, choro, irritabilidade, excesso ou aumento de apetite, excesso ou aumento do sono, fadiga, desesperança, culpa, pessimismo, dificuldade para de concentrar, para realizar pequenas atividades como tomar banho ou ligar a TV, não consegue tomar decisões, lentidão, e pensamentos de morte, planejamentos e/ou tentativas de suicídio. Os sintomas devem durar, pelo menos, duas semanas.

Pode ocorrer também Episódios Mistos, onde ocorrem, simultaneamente, sintomas tanto depressivos, quanto maníacos/hipomaníacos, alterando ao longo do dia, por, pelo menos, uma semana.

Causas e Tratamento

Não se sabe exatamente o que causa ou provoca o TAB, mas os fatores se dividem em: biológicos, que são as possíveis alterações nas substâncias cerebrais (adrenalina e serotonina), os fatores genéticos, que indicam que a presença de tal distúrbio na família aumenta a probabilidade, e os fatores psicossociais, onde a biografia e fatores estressores podem desencadear as crises, independente da personalidade da pessoa.

Ao mesmo tempo em que temos os sintomas bem definidos, o diagnóstico de TAB ainda é bem complicado, por ser uma condição COMPLEXA, já que ocorre uma enorme variação de sintomas não só entre as categorias, mas principalmente nas pessoas. Cada caso é um caso bem específico e único, e cada pessoa deve ser avaliada em sua subjetividade, sua história médica, familiar e pessoal. O tratamento é MEDICAMENTOSO, feito com o psiquiatra, PSICOTERAPÊUTICO, com o psicólogo e OCUPACIONAL, com terapeuta ocupacional, dependendo da necessidade e do caso.

Além disso, é FUNDAMENTAL que esse transtorno seja tratado, pois sem tratamento, a tendência é que os episódios fiquem cada vez piores, ficando mais graves ou ocorrendo com mais frequência.

A parte mais difícil, entretanto, é a aceitação de que a pessoa tem uma doença como o TAB e que irá precisar de medicação e/ou acompanhamento para o resto da vida. Muitas pessoas com o problema se recusam a tomar a medicação, ou quando se sentem melhor, suspendem os remédios por conta própria (levando a episódios cada vez mais intensos e mais rápidos), e acabam tornando tanto a sua vida quanto a dos que convivem com ela bastante difícil.

Porém, para quem aceita e aprende a lidar com essa condição, acaba conseguindo ter uma vida bastante satisfatória, produtiva e feliz.

Amanda Carvalho

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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