É consenso entre os especialistas que o tratamento do déficit de atenção precisa der feito e analisado de maneira individual, porque cada caso é um caso, e cada paciente responde de forma diferente a medicamentos e terapias.
De modo geral, o tratamento medicamentoso, feito com a Ritalina (que é um estimulante), é eficaz e ajuda no controle das características mais marcantes do TDA/H, que é a desatenção, a falta de concentração, o descontrole dos impulsos e as oscilações de humor, o que faz com que a pessoa se sinta melhor e consiga fazer com mais facilidade tarefas que antes pareciam muito penosas. Isso, com certeza, muda a vida da pessoa, e pra melhor, é claro.
Além do metilfenidato (Ritalina), que pode ser de ação longa, como o Concerta e a Ritalina LA, ou de ação curta, como a Ritalina tradicional nas dosagens de 5 a 20mg até 3 vezes ao dia, utilizam-se, também outros tipos de medicamento, em especial os antidepressivos e os medicamentos ditos “acessórios”, que amenizam os efeitos colaterais dos medicamentos principais.
Pode-se usar, também, a Atomoxetina, o Strattera, a Imipramina (antidepressivo), o Tofranil, a Nortriptilina (antidepressivo), o Pamelor, a Bupropiona (antidepressivo), o Wellbutrin SR e muitos outros remédios, dependendo da reação do indivíduo ao medicamento principal e a cada um desses.
Aqui no Brasil o remédio mais utilizado no tratamento do deficit de atenção é a ritalina, sobretudo o de ação curta, que é mais barato, mas também oferece muito mais efeitos colaterais. Em relação aos antidepressivos, a desipramina é bastante indicada, sobretudo por poder ser administrada em dose única, por ser eficaz a curto prazo e por precisar de baixas posologias, o que, com certeza, reduz os possíveis efeitos colaterais.
Além do tratamento medicamentoso, o acompanhamento psicoterapêutico é essencial,e deve durar a vida toda, porque o fato é que o deficit de atenção não tem cura definitiva, mas é possível que o indivíduo portador do transtorno tenha uma vida normal.
Aqui vale ressaltar que é de fundamental importância que a criança, o adolescente e o adulto com TDA/H tenha sempre um ambiente familiar e social muito bem estruturado e organizado, pois isso ajuda muito na regularização da vida dos mesmos.
Uma coisa que acho válida compartilhar é a diferença entre a Ritalina “normal” e a Ritalina LA. Além do preço, que é desproporcional, já que a embalagem da Ritalina tradicional custa, em média, 25 Dilmas e vem com 20 comprimidos (usa-se, em média, de duas a três caixas por mês), enquanto a Ritalina LA custa 180 e vem com 130 comprimidos, existe uma diferença gritante entre as duas: os resultados que apresentam.
Não sei dizer se isso acontece com todo mundo, mas a Ritalina normal me deixava mais ansiosa, mais irritada, mais impaciente e eufórica, enquanto que a Ritalina LA me deixa equilibrada, tranquila, mas igualmente produtiva. Ademais, em mim não apresenta nenhum efeito colateral, exceto a falta de sono, que existe desde sempre.
Eu sei que a diferença entre os preços é absurda, mas, para quem pode pagar por essa diferença, os resultados compensam, pois a qualidade de vida aumenta absurdamente. Ao menos comigo foi assim!
Beijos
Ju Lopes